Argentina e Chile querem construir cabo óptico submarino para Oceania e Ásia

© AP Photo / Ariana CubillosInstalação de cabo submarino de fibra óptica
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O presidente do Chile, Sebastián Piñera, em encontro com seu homólogo da Argentina, Alberto Fernández, confirmou que ambas nações estão comprometidas com a possibilidade de construir um cabo óptico submarino que unirá os dois países com Austrália, Nova Zelândia e Ásia.

Sebastián Piñera falou na tarde desta terça-feira (26), ao lado de Alberto Fernández, em entrevista coletiva transmitida de modo on-line.

Presidente Piñera: "vamos assinar um acordo que nos permita enfrentar conjuntamente a construção de um cabo óptico submarino que ligará Chile, Argentina e América do Sul à Austrália, Nova Zelândia e Ásia.

O presidente chileno explicou que este projeto tem como objetivo ampliar as capacidades dos países de se incorporarem plenamente à sociedade digital global

No ato, os líderes assinaram um acordo de reconhecimento e outro sobre habilitação, que permite aos cidadãos dos dois países circularem com o mesmo documento por estradas chilenas e argentinas.

Eles também assinaram acordos em matéria de saúde, para agilizar o intercâmbio de informações entre os dois ministérios; nas questões de fronteira, para eliminar a burocracia nas alfândegas; e também acertaram um pacto para melhorar a implementação do roaming móvel.

© Foto / DivulgaçãoFuncionários fazem ajustes no cabo de fibra óptica
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Funcionários fazem ajustes no cabo de fibra óptica

Chile, Argentina e América Latina

Piñera qualificou a reunião bilateral entre os presidentes como frutífera e destacou que a visita de Fernández "reflete o compromisso do Chile e da Argentina em continuar fortalecendo os laços de amizade".

"A conversa permitiu-nos traçar um roteiro para estreitar a relação, cooperar no combate à pandemia e analisar as oportunidades futuras", afirmou, acrescentando que a reativação do setor econômico foi um dos principais temas do encontro.

Fernández, por sua vez, fez sua primeira visita oficial ao Chile nesta terça-feira (26). A viagem estava originalmente planejada para 18 de janeiro, mas o presidente Piñera e a primeira-dama, Cecilia Morel, entraram em um período de quarentena preventiva por serem contatos próximos de uma pessoa com COVID-19, o que obrigou ao adiamento da reunião.

© Foto / Gentileza Prensa Presidencia de ChileO presidente chileno Sebastián Piñera
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O presidente chileno Sebastián Piñera

Como o cabo submarino funciona

Os cabos submarinos atuais estão em todos os continentes, exceto a Antártida. Eles são ligados por fibra óptica e permitem o transporte de todo tipo de informação digital, seja por telefone, Internet e demais dados. Geralmente, eles têm 69mm de diâmetro e pesam cerca de dez quilos por metro. Para águas profundas, no entanto, são usados cabos mais finos e leves. 

O primeiro sistema desse tipo foi implantado em 1982 nas Ilhas Canárias. No início do século 21, houve um aumento efetivo de oferta de banda graças aos novos sistemas de cabos submarinos lançados nos oceanos Pacífico, Atlântico, no sudeste da Ásia e na América do Sul. No continente americano, há três redes ópticas submarinas de grande capacidade: a SAM1, a South American Crossing e o 360 Network.

A evolução fez o tempo de transmissão dos sinais, que antes era medido em minutos, cair para milissegundos com o uso da fibra óptica. O maior cabo óptico submarino do mundo é o SEA-ME-WE 3: ele tem 38 mil km e interliga 32 países do sudeste asiático, do Oriente Médio e da Europa.

Além da alta capacidade de transmissão dos cabos submarinos, eles atingem grandes distâncias: podem chegar a nove mil km sem que haja necessidade de regeneração de sinal. Os dispositivos utilizados em sistemas submarinos são projetados para resistir a pressão d’água de até oito mil metros de profundidade (ou seja, 800 atmosferas). São estruturas de alta confiabilidade, cuja vida útil normalmente atinge 25 anos.

© Amazônia Conectada/ Exército Brasileiro / Acessar o banco de imagensExército utilizará cabos de fibra ótica subfluviais para conectar cidades ribeirinhas do interior da Amazônia
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