'Vai ser muito maior': CEO do Twitter aponta grandiosa censura no futuro próximo

© REUTERS / Stephen LamA Twitter logo is seen outside the company headquarters, during a purported demonstration by supporters of U.S. President Donald Trump to protest the social media company's permanent suspension of the President's Twitter account, in San Francisco, California, U.S., January 11, 2021.
A Twitter logo is seen outside the company headquarters, during a purported demonstration by supporters of U.S. President Donald Trump to protest the social media company's permanent suspension of the President's Twitter account, in San Francisco, California, U.S., January 11, 2021. - Sputnik Brasil
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A conta do Twitter, bem como de outras redes sociais de Donald Trump, ainda presidente dos EUA, foi banida após ele ser acusado de incitar milhares de seus apoiadores a invadir o Capitólio dos EUA.

Uma gravação de reunião virtual vazada do CEO do Twitter, Jack Dorsey, dirigida aos funcionários da empresa, revela o que parece ser um plano para expandir a política de censura da empresa muito além de banir a conta de Donald Trump, presidente dos EUA, banido na última sexta-feira (8).

URGENTE: Informador do Twitter Grava Secretamente CEO Jack [Dorsey] Detalhando Agenda Para Alargar Censura Política "Estamos focados em uma conta [de Trump] neste momento, mas isto vai ser MUITO MAIOR do que apenas uma conta, e vai continuar por muito mais tempo"

"Sabemos que estamos focados em uma conta agora, mas isto será muito maior do que apenas uma conta, e continuará por muito mais tempo do que apenas este dia, esta semana e as próximas semanas, e continuará além da posse [na quarta-feira (20)]", diz Dorsey em vídeo lançado na quinta-feira (14) pelo veículo de imprensa clandestino Project Veritas.

Segundo a informação fornecida ao canal por um "Informador interno" do Twitter, que gravou secretamente a conversa, o CEO do Twitter instrui os funcionários da empresa a "sempre se sentir livre para se expressar em qualquer formato que pareça certo", ao mesmo tempo se concentrando na grande perspectiva geral, além "da posse" de Biden.

"Portanto, o foco está certamente neste relato e em como ele se liga à violência do mundo real. Mas também precisamos pensar muito mais a longo prazo sobre como estas dinâmicas se desenrolam ao longo do tempo. Não acredito que isto vá desaparecer tão cedo", diz Jack Dorsey no vídeo.

"Sabe, os EUA estão extremamente divididos. Nossa plataforma está mostrando que todos os dias [...]. E nosso papel é proteger a integridade dessa conversa e fazer o que pudermos para garantir que ninguém esteja sendo prejudicado com base nisso. E esse é nosso foco", sublinhou na reunião virtual, durante a qual também mencionou a ação tomada contra contas promovedoras da teoria de conspiração do QAnon.

O Project Veritas apelou a mais informadores dentro do Twitter e outras grandes empresas tecnológicas dos EUA para apresentar mais "provas de corrupção e malfeitoria", e indicou na quinta-feira (14), citado pelo canal Fox News, que podem estar chegando mais vazamentos desde o seio do gigante das redes sociais.

"Fique atento. Elas podem ser empresas privadas, mas têm mais poder do que os três ramos do governo", disse James O'Keefe, CEO do Project Veritas.

Precedente 'perigoso' do Twitter

O canal Fox News também citou um porta-voz do Twitter em resposta ao vazamento da conversa:

"As observações mostradas no vídeo foram entregues aos nossos mais de 5.400 funcionários, e são quase as mesmas palavras que Jack compartilhou em um recente Tópico do Tweet oferecendo contexto e reflexões sobre nosso trabalho para proteger a conversa nas últimas semanas."

O porta-voz do Twitter referenciou um longo monólogo de Jack Dorsey em sua plataforma nas redes sociais, na qual defendeu a controversa decisão de banir permanentemente o presidente Donald Trump do serviço, alegando que era a "decisão certa", mas que, ao mesmo tempo, "nos divide" e se trata de um precedente "perigoso".

"O dano off-line como resultado do discurso on-line é comprovadamente real, e [é] o que impulsiona nossa política e nossa aplicação acima de tudo", comentou a invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro por apoiadores de Trump, que resultou na morte de cinco pessoas, com o presidente norte-americano sendo acusado de incitar o evento e banido de diversas plataformas de redes sociais, incluindo o Twitter.

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