Embora as autoridades tenham permanecido em "contato constante" com a Pfizer desde meados do ano anterior, as negociações tiveram problemas no mês passado. Os mesmos são o resultado de "controvérsias" sobre algumas cláusulas do acordo, tanto no campo de preços e entrega como no das imunidades legais se a inoculação da vacina resultar em morte, conforme declarou a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, aos legisladores na terça-feira (5).
"É verdade que precisamos da vacina, mas também é verdade que há aspetos relacionados com questões da nossa soberania que o país deve proteger, [isso] tem a ver com risco para as gerações futuras", disse a ministra, citada pela agência Reuters.
Embora o país tenha anunciado um acordo final com a Pfizer para quase dez milhões de doses no fim de novembro, Mazzetti anunciou que o processo foi paralisado após concluir que algumas cláusulas do acordo exigem "análises mais profundas" para determinar se são compatíveis com a lei peruana.

O Peru não é a primeira nação latino-americana a expressar preocupações sobre renúncias de responsabilidade legal provenientes da empresa farmacêutica. No mês passado, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comentou que "está bastante claro que eles [Pfizer] não são responsáveis por qualquer efeito colateral. Se você virar jacaré, o problema é seu". De igual modo, as autoridades da Argentina também expressaram suas preocupações.
Uma vez que as questões de responsabilidade vêm se tornando um grande obstáculo para algumas nações, o Banco Mundial informou na terça-feira (5) que está trabalhando com mais de 100 países para resolver o problema. O presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, também observou que a agência pretende distribuir US$ 160 bilhões (cerca de R$ 845 trilhões) em recursos até junho, para ajudar países em desenvolvimento no combate à pandemia e na aquisição de imunizações, de acordo com a agência Reuters.
Apesar de a vacina da Pfizer ter sido aprovada pelas autoridades de Saúde em vários países, assim como pela Organização Mundial da Saúde, a maioria das distribuições ocorreram em caráter de emergência e vários relatórios alarmantes de reações adversas surgiram após a administração da vacina em causa.
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