Peru entra em conflito com farmacêutica Pfizer por efeitos colaterais da vacina

© REUTERS / Kostas Tsironis/Pool Vacina da Pfizer
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O Peru chegou a um impasse com a Pfizer ao negociar acordo para vacina contra a COVID-19, disse a ministra da Saúde do país, citando conflito sobre imunidade legal para a empresa farmacêutica que poderia minar a soberania peruana.

Embora as autoridades tenham permanecido em "contato constante" com a Pfizer desde meados do ano anterior, as negociações tiveram problemas no mês passado. Os mesmos são o resultado de "controvérsias" sobre algumas cláusulas do acordo, tanto no campo de preços e entrega como no das imunidades legais se a inoculação da vacina resultar em morte, conforme declarou a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, aos legisladores na terça-feira (5).

"É verdade que precisamos da vacina, mas também é verdade que há aspetos relacionados com questões da nossa soberania que o país deve proteger, [isso] tem a ver com risco para as gerações futuras", disse a ministra, citada pela agência Reuters.

Embora o país tenha anunciado um acordo final com a Pfizer para quase dez milhões de doses no fim de novembro, Mazzetti anunciou que o processo foi paralisado após concluir que algumas cláusulas do acordo exigem "análises mais profundas" para determinar se são compatíveis com a lei peruana.

© REUTERS / Presidência da Costa Rica / HandoutPaciente recebe dose da vacina Pfizer/BioNtech contra a COVID-19 em San José, Costa Rica, 24 de dezembro de 2020
Peru entra em conflito com farmacêutica Pfizer por efeitos colaterais da vacina - Sputnik Brasil
Paciente recebe dose da vacina Pfizer/BioNtech contra a COVID-19 em San José, Costa Rica, 24 de dezembro de 2020

O Peru não é a primeira nação latino-americana a expressar preocupações sobre renúncias de responsabilidade legal provenientes da empresa farmacêutica. No mês passado, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, comentou que "está bastante claro que eles [Pfizer] não são responsáveis por qualquer efeito colateral. Se você virar jacaré, o problema é seu". De igual modo, as autoridades da Argentina também expressaram suas preocupações.

Uma vez que as questões de responsabilidade vêm se tornando um grande obstáculo para algumas nações, o Banco Mundial informou na terça-feira (5) que está trabalhando com mais de 100 países para resolver o problema. O presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, também observou que a agência pretende distribuir US$ 160 bilhões (cerca de R$ 845 trilhões) em recursos até junho, para ajudar países em desenvolvimento no combate à pandemia e na aquisição de imunizações, de acordo com a agência Reuters.

Apesar de a vacina da Pfizer ter sido aprovada pelas autoridades de Saúde em vários países, assim como pela Organização Mundial da Saúde, a maioria das distribuições ocorreram em caráter de emergência e vários relatórios alarmantes de reações adversas surgiram após a administração da vacina em causa.

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