Eleições nos EUA: Dominion Voting Systems processa campanha de Trump por alegada difamação

© AP Photo / John BazemoreFoto de 13 de novembro de 2019 com homem demonstrando sistema de votação da empresa Dominion Voting Systems, que o estado da Geórgia usará em Atlanta, EUA
Foto de 13 de novembro de 2019 com homem demonstrando sistema de votação da empresa Dominion Voting Systems, que o estado da Geórgia usará em Atlanta, EUA - Sputnik Brasil
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As urnas de votação são uma das críticas principais de Donald Trump, que se recusa a ceder nas eleições presidenciais, apesar de o Colégio Eleitoral dos EUA reconhecer a vitória de Joe Biden.

Um alto funcionário da empresa Dominion Voting Systems entrou na terça-feira (23) com um processo por difamação contra a campanha de reeleição do presidente Donald Trump, seu advogado pessoal Rudy Giuliani, a advogada Sidney Powell e alguns dos veículos de imprensa pró-Trump, de acordo com uma reclamação apresentada no Tribunal Distrital de Denver, EUA.

Um relatório da Rádio Pública do Colorado indica que Eric Coomer, diretor de estratégia e segurança da empresa, foi acusado por alguns de usar sua posição para hackear as urnas de votação desenvolvidas pela Dominion Voting Systems para garantir a vitória do candidato democrata Joe Biden, supostamente tornando algumas urnas capazes de inverter os votos de Trump para Biden.

Coomer disse que as teorias sobre as urnas de votação da empresa resultaram em ameaças de morte para ele.

"A disseminação generalizada de falsas teorias de conspiração sobre a eleição presidencial de 2020 teve consequências devastadoras tanto para mim pessoalmente quanto para muitos dos milhares de trabalhadores e funcionários eleitorais americanos, tanto republicanos como democratas, que puseram de lado suas crenças políticas para realizar eleições livres, justas e transparentes."

"As eleições não são sobre política. Elas são sobre apuração precisa dos votos emitidos legalmente", declarou.

De acordo com o processo, os réus "elevaram dr. Coomer aos holofotes nacionais, invadiram sua privacidade, ameaçaram sua segurança e difamaram fundamentalmente sua reputação em todo este país".

O reclamante alega no processo que as teorias das urnas Dominion sendo manipuladas foram iniciadas pelo conservador anfitrião do podcast Joseph Oltmann, que supostamente "infiltrou-se em uma conferência telefônica Antifa" na qual uma pessoa chamada "Eric" sugeriu que ele tinha se assegurado de que Biden ganharia a eleição através de manipulações de urnas eletrônicas.

Posteriormente, veículos de imprensa conservadores como o Newsmax e One America News, bem como Sidney Powell, advogada de Trump, teriam disseminado a história.

Rudy Giuliani, outro advogado de Trump, também teria incorporado a história em suas alegações de fraude eleitoral, mas recentemente se afastou de Powell.

"Sidney Powell não faz parte de nossa equipe jurídica, ela não faz parte há cinco semanas, ela não é uma conselheira especial para o presidente dos EUA, ela não fala pelo presidente dos EUA, nem fala pela administração" – Rudy Giuliani aborda rumores sobre Sidney Powell no [canal] Newsmax.

Dominion Voting Systems negou anteriormente todas as acusações sofridas. Os advogados de Trump entraram com ações judiciais denunciando fraudes eleitorais maciças, mas a maior parte delas falhou até o momento.

Em 14 de dezembro, Biden, o candidato democrata à presidência dos EUA, recebeu 306 votos do Colégio Eleitoral, sendo exigido um mínimo de 230 para vencer a corrida presidencial, com Trump se recusando repetidamente a admitir a derrota na eleição, e continuando a acreditar que Biden perdeu "por uma ampla margem em todos os seis estados-chave", e que os resultados foram manipulados.

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