Na terça-feira (15), a Academia Cubana de Ciências (ACC, na sigla em espanhol) declarou que o relatório publicado em 6 de dezembro pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA (NASEM, na sigla em inglês), encomendado pelo Departamento de Estado norte-americano, não apresenta provas científicas da existência de ondas de radiofrequência, de acordo com a agência Reuters.
"A Academia Cubana de Ciências não concorda com a conclusão final sobre as causas de doença", afirmou a academia na declaração lida aos jornalistas por seu presidente Luis Velázquez, citado pela Reuters.
Além disso, Velázquez alegou que a investigação do caso sofreu falta de comunicação entre os cientistas norte-americanos e cubanos.
Doença misteriosa
Entre 2016 e 2018, dezenas de funcionários da embaixada dos EUA em Cuba reportaram diferentes sintomas, incluindo perda de audição, vertigem, dores de cabeça e fadiga, padrões permanentes que pareciam uma lesão cerebral traumática leve, conhecida como "síndrome de Havana".
O Canadá também informou que mais de uma dúzia de funcionários de sua embaixada e seus familiares, que se encontram em Havana, apresentaram sintomas semelhantes.
A administração de Donald Trump declarou que os diplomatas foram atacados por algum tipo de arma secreta, mas Cuba afirmou repetidamente que não há provas e negou qualquer envolvimento.
Autoridades norte-americanas informaram, extraoficialmente, que não podem cooperar com esta investigação delicada, a partir do momento que o governo cubano tem grande interesse sobre o resultado.
Havana afirmou que administração de Trump usou o incidente de saúde para continuar seu programa político de desmantelamento das relações entre Cuba e os Estados Unidos.
Ambos os países, EUA e Canadá, reduziram o número de funcionários de suas embaixadas em Havana ao mínimo, e os EUA aumentaram sua advertência sobre viagens ao país diante dos casos misteriosos.
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