Quando retornou ao país após um ano de exílio, o ex-presidente Evo Morales advertiu que a vitória eleitoral do Movimento ao Socialismo (MAS) foi uma dura derrota para os esforços conspiracionistas da direita do país.
"O panorama político na Bolívia é muito complexo e o retorno do MAS ao poder gera algumas interrogações em torno das lideranças políticas", argumenta à Sputnik Mundo o analista Pablo Solon, que acrescenta que "existem dúvidas sobre se Evo Morales poderia eventualmente ofuscar Luis Arce".
Neste sentido, "se pode dizer que há certo grau de tensão no sistema político do país", analisou.
Sobre o papel das organizações sociais e líderes históricos do movimento, "os resultados eleitorais são um sinal de uma segunda oportunidade para o MAS, portanto as novas gerações devem ser promovidas", indicou.
Neste marco, "se o país perde esta possibilidade de mudança, pode estar caminhando para uma situação de abismo", alertou Solon.
O governo de Arce vai ter que enfrentar vários desafios
Em relação ao legado que o governo interino deixou, "no âmbito econômico avançamos para uma situação de crise econômica, a qual foi severamente agravada pelo governo Áñez", afirma.

Além disso, "foram feitos investimentos que tinham um claro caráter eleitoral, motivo pelo qual somente existem recursos para manter os gastos do Estado", indicou. Portanto, "o novo governo de Luis Arce terá que manter uma política de austeridade", concluiu o analista.
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