Ascensão de Biden ao poder pode colocar em risco ambicioso programa espacial de Trump

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A provável vitória de Joe Biden na eleição presidencial levou à renúncia do chefe da NASA, que se recusa a trabalhar com a nova administração. Deste modo, o futuro do ambicioso projeto de retorno à Lua é agora incerto.

Ao anunciar vitória, a equipe de Biden destacou quatro prioridades que receberão atenção durante o período de transição, como combate ao coronavírus, recuperação econômica, igualdade racial e combate às mudanças climáticas. Ou seja, espaço ficou de fora.

O que a NASA pode esperar de Biden?

Embora não tenha havido sinais claros de uma mudança nas prioridades da NASA, especialistas sugerem que os planos de Trump relacionados à Lua serão substituídos por tarefas mais "mundanas".

De acordo com Lori Garver, ex-vice-diretora da NASA no governo de Obama, "gerenciar a capacidade da Terra de sustentar a vida humana e a biodiversidade, na minha opinião, [é o que] provavelmente domina a agenda espacial civil da administração Biden-Harris", disse durante a conferência SpaceVision 2020.
© AP Photo / Terry RennaJim Bridenstine, administrador da NASA, discursando
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Jim Bridenstine, administrador da NASA, discursando

No contexto das mudanças iminentes nos rumos do programa espacial, no dia 8 de novembro, sem esperar ordens da Casa Branca, o chefe da NASA, Jim Bridenstine, anunciou sua intenção de deixar o cargo, mesmo que o possível novo presidente Joe Biden peça para ele ficar, segundo a revista de assuntos aeroespaciais Aviation Week.

Consequências da mudança para novas prioridades

Especialistas acreditam que a mudança para novas prioridades vai ocorrer devido aos custos elevados do altamente divulgado programa Artemis, que visa o retorno dos astronautas americanos à Lua.

O projeto em si, por sua vez, permanecerá inalterado, mas poderá ser adiado, pelo que a chegada à Lua possivelmente ocorrerá não em 2024, mas em 2026 ou 2028.

"Nenhuma grande mudança deve ser esperada no projeto Artemis, já que muito dinheiro foi investido nele. [Só] no equipamento necessário para pousar na Lua [foram gastos] cerca de 40 bilhões de dólares [aproximadamente R$ 216 bilhões]. Trump era um entusiasta do espaço, [apesar de ser] pouco entendido do mesmo", comenta o diretor científico do Instituto de Política Espacial, Ivan Moiseev, citado pela Gazeta.ru.

Quanto às relações entre os EUA e a Rússia no espaço e sua gestão conjunta da Estação Espacial Internacional (EEI), Moiseev não vê perspectivas de mudanças repentinas em prol de possível mudança de administração.

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