Donald Trump deixará de desfrutar de privilégios especiais no Twitter se perder a eleição nos EUA, disse a agência Bloomberg, citando o gigante das redes sociais.
Isso o enquadrará na categoria de um "ex-líder mundial", o que significa que não estará sujeito à mesma proteção que sua conta no Twitter atualmente. Segundo a mídia, se Trump perder mesmo a posição e acumular aí violações na sua conta, as restrições poderão se estender até ela ser banida do serviço.
O portal The Verge, por sua vez, citou um porta-voz do Twitter dizendo que a "abordagem da rede social aos líderes mundiais, candidatos e funcionários públicos se baseia no princípio de que as pessoas devem ser capazes de escolher ver o que seus líderes estão dizendo com um contexto claro", o que significa que o Twitter "pode aplicar avisos e rótulos, e limitar o engajamento a certos tweets".
"Esta estrutura política se aplica aos atuais líderes mundiais e candidatos a cargos, e não aos cidadãos privados, quando eles não ocupam mais esses cargos", acrescentou o porta-voz anônimo, citado pela mídia.
De acordo com The Verge, os privilégios especiais no Twitter referentes à conta pessoal de Trump podem se esgotar em 20 de janeiro de 2021, quando Joe Biden tomaria posse.
Em relação às "contas específicas de cargos como @WhiteHouse [Casa Branca], @POTUS [presidente dos EUA] e @FLOTUS [primeira-dama dos EUA]", elas serão transferidas para uma nova administração potencial dos EUA, informou.
Na quarta-feira (4), o Twitter censurou uma série de tweets do presidente, que viu sua vantagem inicial se evaporar e criticou o processo das eleições na ocasião, colocando um aviso de isenção de responsabilidade: "Algum ou todo o conteúdo compartilhado neste tweet é questionado e pode ser enganoso sobre uma eleição ou outro processo cívico." Os usuários que desejarem ler os tweets do presidente precisam clicar em "Ver" para acessá-los.
O Facebook define como políticos isentos de verificação de fatos candidatos a cargos, atuais detentores de cargos e muitos de seus indicados para o gabinete, juntamente com os partidos políticos e seus líderes, o mesmo não acontecendo com pessoas sem cargo, independentemente de sua história.

Questionado pela agência Reuters, o Facebook não respondeu como trataria a conta de Trump na plataforma.
Histórico de Trump com redes sociais
Trump tem expressado bastantes críticas sobre as plataformas de redes sociais, especialmente Twitter e Facebook, acusando-os de silenciar "republicanos proeminentes" e de haver um "viés de esquerda radical".
No mês passado, o Centro de Pesquisa de Mídia, um grupo de análise de conteúdo norte-americano, relatou que Trump foi censurado no Facebook e Twitter 65 vezes no último ano e meio, enquanto Biden não enfrentou caso algum de censura nessas redes sociais.
No sábado (7), muitos veículos de imprensa norte-americanos apontaram Joe Biden como o vencedor das eleições presidenciais dos EUA de 2020, que se declarou presidente eleito.
No entanto, Trump continua afirmando que a corrida ainda não terminou, que a eleição foi fraudulenta, e prometeu que sua administração reivindicaria vitória na Justiça dos EUA.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)