Com o objetivo de enfrentar a crise econômica ocasionada pela pandemia, o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, propôs ante a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) um plano global, de aproximadamente US$ 516 bilhões (R$ 2,96 trilhões).
"Fazemos um chamado à comunidade internacional e regional para acordar um plano global, semelhante a um Plano Marshall para a recuperação após a pandemia e suas consequências econômicas e sociais, que, segundo a ONU, deverá corresponder a 10% do PIB mundial. Como parte deste plano global é necessário aumentar a liquidez e o acesso ao financiamento em condições favoráveis para nossos países. Para tal, levamos adiante a proposta do Fundo para Aliviar a Economia da COVID-19 (FACE)", expressou Alvarado.
Cabe mencionar que o mandatário propôs este plano ao assumir a presidência da mesa diretiva da CEPAL, que vai ser presidida por ele pelos próximos dois anos, acompanhado de Barbados, Colômbia, Cuba e México nas vice-presidências.
"Nossa resposta aos desafios atuais deve responder a três crises estruturais que a CEPAL apresenta: a crise da desigualdade, a crise econômica e a crise ambiental. Somente há um caminho: seguir adiante e seguir melhor, não deixar ninguém para trás e 'pegar o touro pelo chifre'", declarou Alvarado durante sua participação na 38ª sessão.
O que é o Plano Marshall?
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo dos EUA impulsionou o Plano Marshall, que se baseava em oferecer assistência técnica e administrativa, assim como auxílios econômicos para, segundo a versão oficial norte-americana, reconstruir a Europa.
A princípio, o programa foi apresentado em 1947 pelo então secretário de Estado George Marshall, e, mesmo com nome oficial sendo Plano de Recuperação Europeu (ERP, na sigla em inglês), o nome genérico adotado foi Plano Marshall.
As outras propostas da CEPAL
Durante este período de sessões, concluído nesta quarta-feira (28), os participantes se manifestaram por uma mudança do modelo de desenvolvimento na região para impulsionar a recuperação econômica após a pandemia da COVID-19.
"Propomos substituir a cultura do privilégio por uma cultura da igualdade que garanta direitos, construa cidadania e difunda capacidades e oportunidades. São necessárias novas formas de governança mundial para prover coletivamente bens públicos globais como saúde universal [uma vacina contra o coronavírus para todos], a segurança climática e proteção da atmosfera, a estabilidade financeira, a paz e os direitos humanos", comunicou Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL.
Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, indicou que o "ano 2020 colocou o mundo diante de um cenário inédito. Nenhum país e nenhuma pessoa escapam dos impactos da pandemia. Isto coloca, mais do que nunca, a cooperação e multilateralismo no centro do nosso trabalho".
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