O CBO, uma organização sem fins lucrativos sediada em Washington, divulgou uma pesquisa indicando que o ano fiscal de 2020 (de 1 de outubro de 2019 a 30 de setembro de 2020) viu o déficit dos EUA atingir US$ 3,13 trilhões (R$ 17,53 trilhões), ou 15,2% do PIB do país.
"Se as estimativas do CBO estiverem certas, a dívida total do país para com os investidores [...] terá ultrapassado o tamanho da economia, chegando a quase 102% do PIB", informou a emissora CNN na quinta-feira (8), citando as estimativas do CBO.
A CNN também citou a presidente do Comitê para um Orçamento Federal Responsável (CRFB, na sigla em inglês), Maya MacGuineas, que teria dito que "a dívida [dos EUA] é do tamanho da economia de hoje, e logo será maior que em qualquer outro momento da história ".
Em junho, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos indicou que a dívida nacional do país havia ultrapassado US$ 26 trilhões (R$ 145,6 trilhões) pela primeira vez na história em meio ao debate de como o país lidaria com as consequências econômicas da pandemia do novo coronavírus.
O governo dos Estados Unidos forneceu até US$ 5 trilhões (R$ 28 trilhões) em fundos de resgate desde março de 2020. A Lei de Auxílio, Ajuda e Segurança Econômica do Coronavírus (CARES, na sigla em inglês) foi aprovada no final de março e incluiu US$ 2 trilhões (R$ 11,2 trilhões), enquanto o Ato de Soluções de Emergência Coletivas para Recuperação da Saúde e da Economia (HEROES, na sigla em inglês) de US$ 3 trilhões (R$ 16,8 trilhões) foi adotado em maio.
Um relatório do CBO de setembro afirmou que a dívida federal dos EUA detida pelo público deve equivaler a 195% do PIB até 2050, o que seria uma proporção duas vezes maior que em 2020.
A pesquisa previu que, com a dívida federal devendo chegar a 98% do PIB até o final do ano civil, "os déficits orçamentários projetados aumentariam a dívida federal para 104% do PIB em 2021, [e] para 107% do PIB em 2023".
O CBO argumentou que o tamanho da dívida federal até 2050 "seria de longe o maior da história da nação, e estaria a caminho de aumentar ainda mais", algo que o CBO advertiu que teria repercussões econômicas de longo alcance.
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