Na sexta-feira (11), o Congresso peruano apresentou um pedido de destituição do chefe de Estado por "incapacidade moral", devido ao seu suposto envolvimento na contratação irregular de um músico para trabalhar no Ministério da Cultura. O governo alega que o Tribunal Constitucional é que deve se pronunciar sobre o caso.
"O Conselho de Ministros aprovou o ajuizamento de uma reclamação de competência ante o Tribunal Constitucional. Nosso objetivo é que o mais alto intérprete da Constituição determine como deve ser interpretada a causa da vacância por incapacidade moral permanente, que pretende ser imputada de maneira equivocada e inconstitucional contra o presidente", disse a ministra da Justiça, Ana Neyra, em mensagem transmitida por televisão.
Vizcarra teria pedido para assessores mentirem
O pedido de impeachment deverá ser votado na próxima sexta-feira (18). Vizcarra enfrenta grave crise política após a divulgação de áudios em que pede a assessores para que mintam em um inquérito parlamentar sobre o ex-assessor do governo Richard Cisneros.
Elas prestariam depoimento em um inquérito sobre o músico, cantor contratado pelo governo como orador e apresentador, supostamente por meio de contratos irregulares no valor de cerca de R$ 53.000
A ministra da Justiça afirmou que "a forma como o Congresso interpreta a causa da incapacidade moral não é compatível com nosso sistema de governo e está afetando os poderes Executivo e de nossa ordem constitucional".
Peru enfrenta crise política
O Congresso do Peru foi eleito em janeiro de 2020 após Vizcarra dissolver o Parlamento quatro meses antes, após longo confronto com a oposição. O presidente alegou que parlamentares boicotaram suas intenções de mudar o procedimento através do qual os juízes são nomeados para o Tribunal Constitucional.
Vizcarra interpretou isso como uma moção de desconfiança, dissolvendo o parlamento em seguida, que respondeu declarando-o temporariamente inapto para governar e nomeando o vice-presidente Mercedes Araoz como chefe de Estado em exercício. Araoz, no entanto, anunciou sua renúncia após militares e a polícia peruanos declararem apoio a Vizcarra.
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