Argentina: Fernández condena protesto policial e apresenta pacote fiscal como solução

© REUTERS / Agustin MarcarianNa província argentina de Buenos Aires, policiais protestam em frente à residência presidencial na cidade de Olivos, demandando melhores salários e condições de trabalho, em 9 de setembro de 2020.
Na província argentina de Buenos Aires, policiais protestam em frente à residência presidencial na cidade de Olivos, demandando melhores salários e condições de trabalho, em 9 de setembro de 2020. - Sputnik Brasil
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Na quarta-feira (9), o presidente argentino Alberto Fernández fez um pronunciamento oficial condenando os protestos policiais na província de Buenos Aires e apresentando um pacote fiscal à região para solucionar o problema.

Fernández anunciou um fundo orçamentário especial para a província de Buenos Aires, que será extraído das cifras até agora concedidas à capital argentina. A medida é uma resposta a uma série de protestos promovidos por policiais de Buenos Aires desde a segunda-feira (7) exigindo aumento salarial.

"Combinamos a criação de um fundo de fortalecimento fiscal e financeiro para a província de Buenos Aires", disse Fernández durante pronunciamento na residência presidencial na cidade de Olivos, em Buenos Aires, cercado por grande parte de seu gabinete.

Quando o governo anterior transferiu a Polícia Federal para a capital, a cidade passou a receber 2,1% dos impostos compartilhados pela nação e essas jurisdições, conhecidos como taxas de coparticipação estaduais. Na opinião do presidente, para financiar a mudança, é necessário a transferência de apenas um ponto percentual.

"A capital continuará recebendo os recursos necessários para custear as despesas das forças federais e vamos repassar esse ponto excedente ao fundo de financiamento fiscal da província de Buenos Aires", disse Fernández.

Dessa forma, o presidente argentino afirma que será possível garantir a reivindicação de aumento salarial que gerou protestos de policiais na região.

Fernández alertou os agentes policiais que protestam em vários municípios da província que o governo não vai aceitar a forma que os protestos tomaram e lamentou que as ruas estejam desprotegidas em função das manifestações.

© REUTERS / Agustin MarcarianNa província argentina de Buenos Aires, policiais protestam em frente à residência presidencial na cidade de Olivos, demandando melhores salários e condições de trabalho, em 9 de setembro de 2020.
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Na província argentina de Buenos Aires, policiais protestam em frente à residência presidencial na cidade de Olivos, demandando melhores salários e condições de trabalho, em 9 de setembro de 2020.

Segundo o anúncio de Fernández, a medida anunciada tentará também restaurar o equilíbrio financeiro que se perdeu em meados da década de 1980, quando a província perdeu oito pontos percentuais de partilha orçamentária. À época, porém, o distrito tinha quatro milhões de habitantes e hoje ultrapassa os 17 milhões, sendo a região mais populosa do país.

"Nem tudo é válido ao protestar, nem tudo é permitido; quando estamos em uma pandemia há certas atividades que devem continuar", exigiu Fernández.

Mais cedo, alguns militares uniformizados cercaram os arredores da residência presidencial em Olivos na quarta-feira (9), atitude que o presidente disse que não pretende tolerar.

"Posso entender qualquer reclamação, mas não estou disposto a atender a certas formas de demanda", apontou o presidente argentino.

O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, já havia anunciado na véspera que a polícia receberia um aumento de salário, mas isso não foi suficiente para acalmar os protestos. Já o prefeito da capital argentina, Horacio Rodríguez Larreta, qualificou a presença de policiais na residência presidencial como "inadmissível".

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