Senado da Argentina aprova projeto oficial de reforma do Poder Judicial

© AP Photo / Victor R. CaivanoHomens, com máscaras para se proteger do coronavírus, protestam no centro de Buenos Aires, Argentina
Homens, com máscaras para se proteger do coronavírus, protestam no centro de Buenos Aires, Argentina - Sputnik Brasil
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O projeto de reforma recebeu 40 votos a favor, enquanto 26 senadores votaram contra.

O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira (27) o projeto de lei que busca reforçar o Poder Judicial, com a unificação de foros e a criação de mais tribunais e procuradorias. A proposta recebeu 40 votos a favor e 26 contra.

Trata-se de uma iniciativa que boa parte da oposição rechaça, por considerá-la um plano para garantir "impunidade" a ex-funcionários de governos anteriores acusados de corrupção.

Centenas de manifestantes convocados pelas redes sociais realizaram um abraço simbólico com bandeiras da Argentina próximo ao Congresso do país, repudiando a aprovação da lei, apesar do risco que implica não respeitar o distanciamento social em meio à pandemia do coronavírus.

​Orgulhoso de ter vindo. Incrível

Do ponto de vista do governo argentino, a nova lei é necessária para resolver um problema que o país arrasta há décadas, mas que se exacerbou durante a presidência de Mauricio Macri (2015-2019): a pressão que figuras do poder e a mídia hegemônica, a maioria de orientação conservadora, exercem sobre as decisões judiciais.

Contudo, a própria Cristina Kirchner comentou que não considera este projeto uma reforma judicial, mas, como o nome indica, uma lei de "Organização e Competência da Justiça Federal", que busca modificar somente parte do sistema.

"Sinceramente, creio que o país ainda merece uma verdadeira reforma judicial, que não é a que vamos debater nesta quinta-feira [26]", manifestou.

A coalizão Juntos Pela Mudança, liderada pelo ex-presidente Macri, opunha-se à aprovação da reforma.

Em 17 de agosto tinha havido outra mobilização de rechaço da iniciativa do governo, celebrada por Macri a partir da Suíça, onde exerce o cargo de presidente da Fundação FIFA.

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