Democratas revelam plano climático de US$ 400 bilhões para mudar economia dos EUA

© REUTERS / Kevin LamarqueJoe Biden aceita nomeação do Partido Democrata como candidato presidencial.
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Os democratas do Senado dos Estados Unidos divulgaram nesta terça-feira (25) um plano de ação climática de US$ 400 bilhões (cerca de R$ 2,2 trilhões) para tornar os EUA uma economia de baixo carbono.

Conforme o plano divulgado pelos congressistas do partido, a ideia é criar condições para atingir a meta global de emissões zero até o ano de 2025.

"A crise climática não é uma ameaça distante. Está aqui agora e será catastrófico se não contra-atacarmos imediatamente", disse o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, ao lançar o plano "Caso para Ação Climática: Construindo uma Economia Limpa para o povo estadunidense".

"Os democratas estão empenhados em trabalhar - de forma decisiva e agressiva - para evitar os altos custos humanos e econômicos de uma crise climática que se agrava e para orientar a transição para uma economia de baixo carbono", acrescentou Schumer.

Segundo o plano, os gastos federais com ações climáticas serão aumentados para pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) anualmente. Em 2019, o PIB dos EUA acumulou US$ 21,3 trilhões (cerca de R$ 117 trilhões), de acordo com o Departamento do Tesouro estadunidense.

Os democratas também pretendem criar um mínimo de dez milhões de novos empregos a partir da iniciativa e reinvestir pelo menos 40% dos benefícios obtidos em populações negras e latinas, bem como nas comunidades de baixa renda, desindustrializadas e desfavorecidas.

© REUTERS / Leah Millis Presidente dos EUA, Donald Trump, durante Convenção do Partido Republicano dos EUA, em Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 24 de agosto de 2020
Democratas revelam plano climático de US$ 400 bilhões para mudar economia dos EUA - Sputnik Brasil
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante Convenção do Partido Republicano dos EUA, em Charlotte, Carolina do Norte, EUA, 24 de agosto de 2020

A expectativa é de que o plano será recebido com críticas por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, e de membros do partido republicano, que em geral são negacionistas da mudança climática. O governo Trump, que apoia projetos ambientalmente sensíveis como a exploração de petróleo de xisto, notificou a Organização das Nações Unidas (ONU) ainda em 2019 informando que os EUA deixarão, a partir de 4 de novembro deste ano, o Acordo de Paris, um acordo climático global.

A saída está marcada para ocorrer apenas um dia após a eleição presidencial de 3 de novembro, na qual Trump espera garantir um segundo mandato com uma vitória sobre o candidato democrata, Joe Biden. Recentemente, ambos os candidatos foram oficialmente apontados durante a convenção de seus respectivos partidos.

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