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Coronavírus: Bolívia encerra ano escolar e aprova automaticamente todos os alunos

© REUTERS / David MercadoPessoas com trajes de proteção contra coronavírus esperam por informações de parentes em hospital de Laz Paz, na Bolívia
Pessoas com trajes de proteção contra coronavírus esperam por informações de parentes em hospital de Laz Paz, na Bolívia - Sputnik Brasil
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Incapaz de garantir educação virtual para todos, o governo da Bolívia anunciou neste domingo (2) o encerramento do ano escolar em função da epidemia da COVID-19. 

As aulas estavam suspensas desde março para evitar a disseminação do novo coronavírus. Segundo o governo, era impossível oferecer aulas por meio digital em todos os lugares do país, especialmente em áreas rurais. 

"A grande maioria da área rural não conta com Internet, as crianças não têm Internet. A fibra óptica somente chega às cidades. Não há condições. Por isso achamos conveniente encerrar o ano escolar", disse neste domingo (2) o ministro da Presidência, Yerko Núñez, durante coletiva de imprensa, segundo a agência AP.

A determinação é de que todos os estudantes passem para as séries seguintes e ninguém seja reprovado. A medida vale para todos os níveis de ensino. 

As aulas foram suspensas na Bolívia apenas um mês após o início do ano letivo. Em junho, o governo da presidente Jeanine Áñez anunciou que aulas virtuais seriam oferecidas até dezembro, o que motivou protestos em Laz Paz de professores e famílias moradoras das áreas rurais. 

Segundo o Ministério da Saúde, a Bolívia registra 78.793 casos da COVID-19 e 3.064 mortes. 

Unicef expressa preocupação

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) manifestou preocupação pelo encerramento das atividades escolares, mencionando que toda criança tem direito à educação. 

De acordo com a Federação de Professores Urbanos de Laz Paz, a medida só foi adotada para "evitar conflitos" e "não é a solução". 

O ex-presidente boliviano, Evo Morales, disse que "somente em ditaduras se encerrava o ano escolar" e o governo fazia isso por "sua incapacidade e para impedir uma mobilização do magistério". 

O ministro da Presidência, por sua vez, afirmou que o governo estava sendo pressionado e os professores não apresentaram nenhuma proposta. 

Polêmica em todo o mundo

O retorno das aulas é um dos pontos que vem gerando mais polêmica e dificuldade na flexibilização da quarentena em vários países do mundo. 

No Brasil, as instituições de ensino só têm data para reabrir em algumas regiões. Em São Paulo, o retorno está programado para setembro. No Rio de Janeiro, apesar do relaxamento do isolamento social, as escolas públicas permanecem fechadas. 

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