Trump nega ter recebido informe sobre suposto pedido russo para talibãs atacarem americanos

© REUTERS / Leah MillisPresidente dos EUA, Donald Trump, sorri para a multidão durante campanha de reeleição, Oklahoma, EUA, 20 de junho de 2020
Presidente dos EUA, Donald Trump, sorri para a multidão durante campanha de reeleição, Oklahoma, EUA, 20 de junho de 2020 - Sputnik Brasil
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O presidente estadunidense, Donald Trump, disse neste domingo (28) que nunca foi informado sobre um suposto pedido da Rússia para talibãs atacarem norte-americanos no Afeganistão em troca de recompensa.

Segundo reportagem do jornal The New York Times publicada na sexta-feira (26), que cita fontes anônimas de serviços de inteligência dos Estados Unidos, Trump teria sido avisado em março de que a inteligência militar russa supostamente ofereceu a terroristas do movimento Talibã (proibido na Rússia e em vários outros países) recompensa para atacarem soldados norte-americanos no Afeganistão.

Por meio do Twitter, o republicano afirmou que o serviço de inteligência dos EUA não considerou as informações críveis e por isso não informou Trump nem o vice-presidente, Mike Pence.

Inteligência acabou de me informar que eles não encontraram esta informação credível, e por isso não informaram isso para mim ou para o vice-presidente. Possivelmente outra farsa sobre Rússia, inventada talvez pelo [propagador de] fake news @nytimesbooks, tentando fazer republicanos parecerem ruins!!!

Mais cedo, o presidente publicou uma série de posts desmentindo a matéria do jornal e criticando o democrata Joe Biden, provável concorrente de Trump nas eleições norte-americanas. 

Biden afirmou que se as informações forem verdadeiras, Trump traiu a nação ao não tomar nenhuma atitude diante dos fatos relatados.

"Ninguém me informou ou falou comigo, com o vice-presidente ou com o chefe de gabinete Mark Meadows sobre os supostos ataques contra nossas tropas no Afeganistão pelos russos, como informado por 'fontes anônimas' ao New York Times. Todos estão negando isso e não houve muitos ataques contra nós", disse Trump. 

O republicano afirmou também que a reportagem era mais uma "mentira" do jornal, como o "fracassado boato russo", referência às acusações de que ele teria conspirado com a Rússia para interferir nas eleições norte-americanas de 2016, alegação que foi desconsiderada pelo procurador Robert Mueller. 

Talibã desmente informações

No sábado (27), por meio de uma nota, a Casa Branca desmentiu as informações do jornal, afirmando que "nem o presidente nem o vice-presidente foram informados da suposta inteligência de recompensa russa". 

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, negou que o grupo tenha mantido contato com a Rússia ou com outros países estrangeiros. 

A embaixada da Rússia em Washington, por sua vez, classificou a reportagem como fake news e exigiu que as autoridades dos EUA reagissem às ameaças recebidas por diplomatas russos por causa da publicação da matéria. 

​Os Estados Unidos e os talibãs decretaram uma trégua em fevereiro, que prevê a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão. Os EUA invadiram o país em 2001, após os atentados de 11 de setembro. 

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