Argentina larga negociações comerciais do Mercosul para focar na economia nacional

© REUTERS / Agustin MarcarianPresidente da Argentina, Alberto Fernández (foto de arquivo)
Presidente da Argentina, Alberto Fernández (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Governo argentino larga negociações de acordos comerciais do Mercosul em desenvolvimento para focar seus esforços na economia local, enquanto países do bloco estudam medidas legais.

O anúncio foi feito em nota pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, país que sedia o bloco, da forma a seguir:

"A República Argentina anunciou a decisão de deixar de participar nas negociações de acordos comerciais em curso e das futuras negociações do bloco", publicou a Rádio França Internacional citando a chancelaria paraguaia.

O informe também diz que a economia argentina teve seu quadro agravado pela pandemia da COVID-19.

Contudo, apesar de abandonar as negociações do Mercosul para conclusão de acordos comerciais com países de fora do bloco, Buenos Aires disse que "não será obstáculo para que os demais Estados Partes prossigam com os diversos processos negociadores".

No momento, o bloco sul-americano mantém negociações avançadas com o Canadá, Singapura e Coreia do Sul.

Argentina 'ameaça' acordos

Contudo, é válido ressaltar que o bloco só pode fechar novos acordos com agentes externos em caso de haver aprovação de todos seus membros.

Para minimizar o possível impacto consequente da decisão argentina, o governo paraguaio disse que, em conjunto com os outros países membros, "avaliarão as medidas jurídicas, institucionais e operacionais mais adequadas".

O comunicado paraguaio também afirma que o passo de Buenos Aires não tange as negociações com a União Europeia, apesar de o presidente argentino Alberto Fernández expressar o desejo em rever os acordos assinados com o bloco europeu.

Argumentos argentinos

Por sua vez, a chancelaria argentina disse a jornalistas que o governo do país prioriza "proteger empresas, o emprego e a situação dos mais humildes" diante a pandemia do coronavírus e a situação econômica.

O caminho tomado pelo país vai na contramão do adotado pelo Brasil e Uruguai, os quais defendem maior abertura comercial.

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