Colômbia nega apoiar intervenção militar dos EUA na Venezuela

© AP Photo / Fernando VergaraDepósito da USAID próximo da cidade de Cucuta, na Colômbia, na fronteira com a Venezuela (foto de arquivo)
Depósito da USAID próximo da cidade de Cucuta, na Colômbia, na fronteira com a Venezuela (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O governo do país vizinho da Venezuela, aliado dos EUA, afirma estar movimentando tropas com o fim de combater o narcotráfico e conter o surto da pandemia da COVID-19.

O Ministério da Defesa colombiano negou que, Carlos Holmes Trujillo, titular da pasta, apoie uma intervenção militar norte-americana na Venezuela, negando que haja qualquer movimento de tropas na fronteira e ainda menos a presença de soldados norte-americanos no território para esse fim.

"Em nenhum momento o ministro da Defesa, Holmes Trujillo, indicou que a Colômbia esteja apoiando uma intervenção militar dos EUA em território venezuelano", afirmou o ministério em comunicado.

A este respeito, afirma que Trujillo, em declarações à mídia, "aplaudiu o fato de os Estados Unidos estarem reforçando sua luta contra o tráfico de droga na região, tendo em conta que este flagelo constitui uma ameaça para a saúde e a segurança dos cidadãos de todo o mundo".

No domingo (5) foi publicada na revista Semana uma carta de 23 congressistas e 15 organizações sociais, dirigida ao presidente Iván Duque, que lhe pede que se abstenha de apoiar qualquer intervenção militar dos EUA na Venezuela. A carta recorda que, como mandato soberano, tais decisões devem ser aprovadas pelo Congresso, que até segunda-feira (13) está em paragem devido à quarentena decretada para enfrentar a COVID-19.

A carta afirma que Trujillo tornou público o apoio do governo a uma possível intervenção das tropas norte-americanas na Venezuela, o que "preocupa e merece um pronunciamento do chefe de Estado".

O comunicado do Ministério da Defesa afirma que Trujillo explicou ao público "que as autoridades colombianas estão participando, juntamente com 22 nações da América e da Europa, na Campanha Naval Órion, cujo objetivo é trocar informações que permitam aos países reforçar suas capacidades de interdição de drogas ilícitas".

"O Ministério da Defesa é claro ao salientar que não há movimentos de tropas colombianas em relação à Venezuela, nem de tropas estrangeiras em solo colombiano para esse fim", afirma a declaração.

"O destacamento de pessoal militar e policial colombiano nas fronteiras, nas últimas semanas se deve aos controles necessários para verificar o encerramento das fronteiras decretado pelo Governo Nacional, como medida para evitar a propagação da COVID-19", acrescenta.

Colaboração Colômbia-EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o envio de navios da Marinha para a Venezuela para reforçar suas operações antidroga nas Caraíbas, depois de sua administração ter apresentado queixa contra o presidente Nicolás Maduro por tráfico de droga.

"Os Estados Unidos estão lançando hoje uma operação melhorada contra o tráfico de droga no hemisfério ocidental para proteger os americanos do flagelo mortal dos narcóticos ilegais", disse Trump aos repórteres na quarta-feira (1º).

A missão é composta por navios de guerra da Marinha dos EUA, aviões de vigilância e equipes das forças especiais dos EUA e, segundo Trump, é apoiada por 22 outras nações, que fornecerão militares e informações de inteligência.

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