'O que perdemos com golpe, vamos recuperar na democracia', diz Morales

© REUTERS / Mariana GreifEx-presidente da Bolívia Evo Morales participa de ato em Buenos Aires
Ex-presidente da Bolívia Evo Morales participa de ato em Buenos Aires - Sputnik Brasil
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O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, confirmou sua intenção de se candidatar a senador nas eleições de 3 de maio, e disse que o "perdido com o golpe" seria recuperado na "democracia". 

"O que perdemos com o golpe vamos recuperar em 3 de maio na democracia. Nos fizeram chorar não apenas pelos mortos, mas porque perdemos o processo de mudança, porém por meio de tiros, com gás e com armas. Nós não devemos nos vingar, mas vamos recuperar com consciência o voto do povo boliviano, nosso processo e a democracia", afirmou em entrevista publicada no jornal chileno La Tercera. 

Morales, que foi forçado a renunciar no ano passado devido à pressão dos militares e aos protestos na Bolívia após ele ser reeleito, confirmou que pretende se candidatar ao cargo de senador e retornar ao seu país, onde foi acusado de terrorismo e sedição. 

'Era fatal', diz sobre candidatura ao Senado

"Depois de ver a ditadura, o golpe e tudo o que está passando na Bolívia, era fatal", lamentou. 

O ex-presidente afirmou ainda que as acusações contra ele, surgidas após a divulgação de uma gravação na qual supostamente conclama apoiadores a cortar o abastecimento de alimentos para cidades, são "totalmente ilegais". 

Após deixar o poder, Morales viajou para o México, mas depois se estabeleceu na Argentina. 

O governo interino, que promoveu uma mudança de rumo na política e diplomacia boliviana, marcou eleições para 3 de maio, nas quais Morales está proibido de concorrer à presidência. 

"Estou convencido de que o povo chora para que eu retorne", disse Morales, acrescentando que ele e seus apoiadores estão "avaliando" essa possibilidade. 

Assistente legal de Morales é presa na Bolívia

A situação do líder indígena na Bolívia, no entanto, é complicada. Neste domingo (2), um juiz ordenou a prisão preventiva por seis meses da representante legal de Morales no país, Patricia Hermosa, que está defendendo seu direito de concorrer nas eleições parlamentares. 

Ex-chefe de gabinete do governo Morales, Hermosa foi presa na sexta-feira (31) acusada de sedição, terrorismo e financiamento do terrorismo. 

Além disso, Luis Arce, candidato presidencial do Movimento para o Socialismo (MAS), partido de Morales, foi acusado nesta quinta-feira (30) por corrupção durante o período em que foi ministro.

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