O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na sexta-feira (20) o orçamento militar para o próximo ano fiscal, que estabelece a criação de uma Força Espacial como o sexto ramo das Forças Armadas dos EUA.
O presidente dos EUA disse que o espaço é "o mais novo domínio de guerra do mundo" e que "a superioridade norte-americana é absolutamente vital" durante a cerimônia, realizada no estado de Maryland.
Este é o primeiro serviço militar a ser estabelecido nos Estados Unidos em mais de 70 anos, mas será formado sob os auspícios da Força Aérea.
O Congresso dos EUA só alocou para o próximo ano US$ 40 milhões (R$ 163,4 milhões) dos US$ 72,4 milhões (R$ 295,7 milhões) solicitados para a Força Espacial, algo desvalorizado pela secretária da Força Aérea, Barbara Barrett.
Até agora, cerca de 16.000 militares e civis que trabalham no Comando Espacial da Força Aérea foram destacados para o novo ramo militar, mas ainda serão considerados efetivos da Força Aérea até decidirem mudar permanentemente. Está planejado que militares do Exército e da Marinha também sejam integrados no novo serviço no futuro.
Tendo isso em conta, tecnicamente falando há apenas uma pessoa servindo na Força Espacial neste momento: John Raymond, que atualmente lidera o Comando Espacial da Força Aérea americana e que também comandará a Força Espacial como o primeiro chefe das Operações Espaciais, segundo informação divulgada pelo portal Defense News.
Os outros detalhes, tais como uniformes, hino, emblemas, denominação dos cadetes e demais, ainda estão sendo formulados, segundo o comandante da Força Espacial.
O que pensam os outros países?
Pequim disse na segunda-feira (23) que os planos de Washington constituem uma "ameaça direta à paz e à segurança" e uma grave violação do consenso internacional sobre o uso pacífico do espaço exterior. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, acredita que o novo ramo mina o equilíbrio e a estabilidade global. Shuang apelou à comunidade internacional para que adote uma "abordagem cautelosa e responsável" do espaço, a fim de evitar que ele se torne uma zona de conflito.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse em novembro passado que Moscou reiterou repetidamente sua oposição à militarização da envolvente espacial, afirmando que se Washington levar suas armas para o espaço, o mundo pode "esquecer a estabilidade estratégica e a segurança".
O secretário da Defesa, Mark Esper, afirmou que a dependência dos EUA das capacidades espaciais "cresceu dramaticamente", de modo que hoje "o espaço exterior se tornou um domínio de guerra". Portanto, mantê-lo sob seu controle será agora a missão da Força Espacial.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)