A economia argentina deve retrair em 3,1% neste ano. O país sofre há 18 meses com recessão e grave crise econômica desencadeada por forte queda no valor do peso argentino.
"Não é o mesmo que em 2001, mas é semelhante. Na época, a pobreza atingia 57% [da população], hoje temos 41% de pobres. Naquela época, estávamos em situação de calote da dívida. Agora, estamos em calote virtual", disse o presidente argentino em entrevista a uma televisão local.
Na sexta-feira (20), a Argentina anunciou que não pagará os cerca de US$ 9 bilhões (R$36 bilhões) em vencimentos, o que provocou a queda nas suas notas de risco determinadas pelas agências Fitch e S&P.
"Nós herdamos isso", notou o presidente, acrescentando que em 2001 "não tínhamos um processo inflacionário como o de agora".
O presidente obteve apoio do Congresso Nacional para tomar medidas de urgência no campo econômico. O pacote emergencial deve entrar em vigor nesta segunda-feira (23), reportou a AFP.

Apesar do pacote, medidas impostas por seu antecessor, Maurício Macri, como a imposição de um teto para compras de dólares em US$ 200 (R$ 820), devem ser mantidas.
"Precisamos acabar com esse hábito de poupar em dólares", disse, referindo-se à prática difundida na Argentina de poupar dinheiro em moeda estrangeira.
A inflação anual argentina bateu os 55%, e suas reservas internacionais estão próximas a zero. A dívida externa alcançou cerca de 90% do PIB.
"O nível de decadência em que estamos é muito grande [...] em dois anos a Argentina ficou endividada de uma maneira impactante."
Em outubro de 2018, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um pacote de US$ 5,7 bilhões (R$ 23 bilhões) para a Argentina, a fim de estabilizar a economia do país, após doze anos sem ele recorrer ao fundo.
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