O procurador de La Paz, William Alave, confirmou, nesta quinta-feira (28), que a polícia internacional Interpol ativou o alerta azul contra o presidente deposto da Bolívia, Evo Morales.
O alerta permite que a Interpol colete dados sobre a identidade, localização e atividades de suspeito, além de notificar países terceiros acerca da investigação penal em curso.
"O alerta azul já foi ativado pela Interpol, o que significa que essa pessoa [Evo Morales] está sendo investigada e que estamos compartilhando informações sobre essa investigação com as polícias internacionais", asseverou Alave.
O procurador boliviano explicou que a notificação está ativa em "vários países", mas disse não dispor da lista exata desses países.
De qualquer forma, apontou que a procuradoria espera autorização da chancelaria boliviana para coletar depoimento de Evo Morales, que obteve asilo político no México, acerca dos crimes dos quais é acusado.
"Já solicitamos à chancelaria que nos autorize a coletar depoimento de Morales, considerando que ele está no México", disse Alave.
Evo Morales, por sua vez, declarou ontem (28), em conferência de imprensa, que a Interpol acionou o alerta azul com base em "crimes inexistentes".

De acordo com Morales, a Interpol notificou a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
O alerta azul da Interpol tem o objetivo de determinar a localização ou identificar um suspeito investigado em processo penal.
O governo de fato da Bolívia, empossado após golpe de Estado no país andino, apresentou uma denúncia formal contra Morales à procuradoria, no dia 22 de novembro. Morales é acusado de "terrorismo", "sedição", de entre outros crimes.
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