De acordo com o Los Angeles Times, a cúpula de concreto está subindo e descendo, conforme a maré, contendo o equivalente a 35 piscinas olímpicas de terra e detritos radioativos, inclusive quantidades letais de plutônio, produzidos pelos norte-americanos.
Os EUA detonaram 67 bombas nucleares nas Ilhas Marshall entre 1946 e 1958, destruindo ilhas inteiras e escavando crateras em suas lagunas, fazendo com que centenas de pessoas abandonassem suas casas.
Além disso, diversos testes de armas biológicas foram realizados e foram despejadas 130 toneladas de terra irradiada de um teste realizado em Nevada.

A tumba de concreto corre o risco de se romper devido ao aumento da maré, causado pelo derretimento das geleiras e outros efeitos resultantes da mudança climática.
Funcionários locais solicitaram ajuda ao governo dos EUA, que se recusou a oferecer qualquer tipo de ajuda.
"Não a queremos, não a construímos. O lixo que há dentro não é nosso, é deles", expressou Hilda Heine, presidente das Ilhas Marshall.
"As Ilhas Marshall são vítimas das duas maiores ameaças enfrentadas pela humanidade: as armas nucleares e a mudança climática", afirmou Michael Gerrard, pesquisador da Universidade de Columbia, ressaltando que os EUA são o responsável direto dos testes nucleares, referindo que suas "emissões contribuíram mais à mudança climática que as de qualquer outro país".
Após os testes nucleares norte-americanos realizados nos anos de 1950, os casos de câncer, abortos espontâneos e deformações foram se multiplicando, em um país de 28.000 habitantes, especialmente nas crianças.
Em 1988 foi decretado que os EUA deveriam pagar US$ 2,3 bilhões (R$ 9,6 bilhões) ao país insular como indenização, porém Washington se negou a pagar.
Em setembro, as Ilhas Marshall aprovaram uma estratégia nuclear nacional que exige uma análise de risco, um estudo ambiental do território, bem como uma avaliação das opções legais para realizar a limpeza do local.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)