Chile dá passos a uma nova Constituição em meio a protestos

© REUTERS / Ivan AlvaradoProtestos antigovernamentais em Santiago, Chile
Protestos antigovernamentais em Santiago, Chile - Sputnik Brasil
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Com os protestos paralisando o país, o presidente chileno concordou com que Chile pudesse começar a elaboração de uma nova Constituição.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, concordou em convocar um Congresso Constituinte para elaborar uma nova Magna Carta durante uma reunião com seu gabinete e líderes políticos, anunciou o ministro do Interior, Gonzalo Blumel.

"Concordamos em iniciar o caminho, o processo para avançar para uma nova Constituição. Temos que o fazer pensando sempre no país e, sobre a base do poder ir reconfigurando o pacto social, que nos últimos tempos temos visto que tem sido uma exigência fundamental da cidadania", disse o alto responsável.

É uma decisão importante, dado que neste 12 de novembro a Mesa de Unidade Social convocou uma Greve Geral. O principal objetivo deste apelo é que o povo chileno "elabore uma nova Constituição através de uma Assembleia Constituinte".

"Depois de três décadas governados pela atual Constituição, não temos senão constatado que os abusos são um sintoma de um problema estrutural: a falta de democracia política e de um modelo econômico que garanta a igualdade para todos", diz o comunicado publicado pela entidade.

Amanhã vamos para a Greve Geral por todo o povo do Chile! Porque estamos cansados dos abusos, e nos unimos

A Mesa de Unidade Social descreveu o anúncio do governo sobre o processo de elaboração da nova Constituição como uma proposta "manhosa e ardilosa", pois afirmam que as autoridades chilenas "temem as demandas da cidadania": melhorias na saúde, moradia, educação e condições de trabalho.

Enquanto isso, cada vez mais pessoas aderem à greve geral: entre elas estão professores, trabalhadores do Aeroporto de Santiago e representantes do Sindicato Nº 1 de Estivadores Portuários de Valparaíso.

A Mesa de Unidade Social surgiu no calor da onda de protestos, considerada a pior em décadas. As primeiras manifestações aconteceram depois que as autoridades chilenas decidiram aumentar as tarifas do transporte público.

Embora esta medida tenha sido posteriormente suspensa, os protestos evoluíram para um movimento com maiores demandas e denúncias de violência policial. Três semanas de protestos no país andino resultaram em mais de 5.000 detentos, quase 2.000 feridos e 22 mortos.

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