'Estamos em guerra', afirma presidente do Chile

© AP Photo / Esteban FelixProtestos em Santiago, no Chile, 20 de outubro de 2019
Protestos em Santiago, no Chile, 20 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil
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O presidente chileno, Sebastián Piñera, afirmou em uma conferência de imprensa que o país está em guerra, devido às constantes manifestações que já deixaram 10 mortos.

O Chile tem sido palco nos últimos dias de violentas manifestações.

"Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada nem ninguém, que está disposto a usar a violência e a criminalidade sem nenhum limite", afirmou Sebastián Piñera relativamente aos protestos e distúrbios registrados no país.

Após uma nova jornada de mobilizações em Santiago, o mandatário realizou uma conferência para enviar uma mensagem ao povo, apontando principalmente contra "aqueles que têm o único propósito de produzir o maior dano possível".

"Esta é uma batalha que não podemos perder, [por isso] o general Javier Iturriaga, chefe da Defesa Nacional, reuniu 9.500 homens (agentes das Forças Armadas) para salvaguardar a paz, a tranquilidade, os direitos e liberdades", assinalou Piñera.

As declarações do mandatário dizendo que o país está em guerra não foram bem recebidas pela oposição.

"Senhor presidente, você está mal, não estamos em guerra nem os manifestantes são inimigos", escreveu a deputada do Partido Socialista Maya Fernández.

Senhor presidente, você está mal, não estamos em guerra nem os manifestantes são inimigos

Manifestações violentas

As mobilizações começaram no dia 14 de outubro devido ao aumento do preço das passagens do metrô de Santiago. Apesar de que no sábado (19) o presidente Sebastián anunciou que o aumento não será aplicado, os protestos continuaram.

No mesmo dia, as manifestações se estenderam a todo o país e se tornaram mais intensas, inclusive ocorreram saques, incêndios e barricadas. O Governo decretou o estado de emergência em grande parte da zona central do país e, além disso, instaurou o recolher obrigatório para as noites de sábado e domingo.

O estado de emergência permitiu às Forças Armadas se posicionarem em grande parte do país com o objetivo de controlar os cidadãos.

Hoje, segunda-feira (21), espera-se que os protestos continuem. A maior parte das escolas de Santiago estão fechadas e as organizações sociais chamam a uma grande greve geral.

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