'Gesto de boa vontade': Trump adia tarifas contra a China

© REUTERS / Kevin LamarqueDonald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China (foto de arquivo)
Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (11) que adiará a aplicação de tarifas sobre a China como um "gesto de boa vontade".

As tarifas de 5% sobre as importações de produtos chineses impactariam em US$ 250 bilhões e seriam aplicadas no dia 1º de outubro. Segundo o anúncio feito pelo presidente norte-americano, as tarifas, parte da guerra comercial com China, serão aplicadas no dia 15 de outubro.

A pedido do vice-premiê da China, Liu He, e devido ao faoto de que a República Popular da China celebrará seu 70º aniversário no dia 1º de outubro, nós concordamos, como um gesto de boa vontade, em adiar as tarifas de 250 bilhões de dólares em bens (25% para 30%), de 1º de outubro para 15 de outubro.

Mais cedo, Trump disse que Pequim tomou uma grande medida ao eliminar tarifas sobre alguns produtos dos EUA, tendo em vista que as negociações comerciais entre ambos os países continuarão em duas semanas.

O governo chinês publicou duas listas contendo 16 produtos que deixarão de ter tarifas adicionais dentro do período de 17 de setembro de 2019 a 16 de setembro de 2020.

Na semana passado, os dois países concordaram em realizar a próxima rodada de negociações entre os países em Washington no início de outubro. O encontro anterior aconteceu em Xangai, em julho.

A tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo teve início em junho de 2018, quando os EUA impuseram a primeira rodada de tarifas sobre produtos chineses. Desde então, os países tem trocados imposições de tarifas e negociam a questão em encontros periódicos.

Efeitos da Guerra Comercial estão sendo sentidos

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Administração Geral das Alfândegas da China (GAC, na sigla em inglês), o desequilíbrio comercial entre os dois países continua crescendo devido ao prolongamento da guerra comercial, iniciada por Trump, e já acumula US$ 195,4 bilhões.

Já o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, alega que a economia norte-americana não é afetada pela guerra comercial em curso com a China e não mostra sinais de recessão.

Apesar disso, o porta-voz do Ministério de Comércio Chinês, Gao Feng, enfatizou o impacto negativo da escalada da guerra comercial na economia global, dizendo que "a escalada da guerra comercial é prejudicial para a China, prejudicial para os Estados Unidos e prejudicial para os interesses de todas as pessoas no mundo, o que pode até trazer resultados desastrosos para o mundo".

Um recente relatório de perspectivas econômicas publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que as tarifas comerciais introduzidas pelos EUA e pela China desde 2018 começaram a desacelerar o crescimento do PIB e aumentar a inflação em todo o mundo.

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