Surto de vírus perigoso que já matou 2 médicos alarma Bolívia

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O surto de Arenavírus não dá trégua aos médicos bolivianos, que estão em uma luta constante junto com o Ministério da Saúde para identificar e controlar este vírus.

A Organização Panamericana de Saúde (OPS) definiu o Arenavírus como Febre Hemorrágica Boliviana (FHB), devido ao surto ter aparecido na Bolívia. O vírus é designado como um infecção zoonótica virulenta.

Após várias semanas de incertezas, se descobriu que este surto se transmite por contato direto com roedores e seus excrementos.

O Arenavírus está somente presente nas fezes de roedores selvagens e a única forma de contágio entre as pessoas é através de fluidos do corpo (tais como sangue, por exemplo). Por isso, a sua propagação é lenta e a maioria da população não se encontra em risco de contágio.

Os sintomas são: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, febre e hemorragias, por isso pode ser facilmente confundido com uma gripe. Neste momento sabe-se que o vírus tem um período de incubação de 14 dias, por isso se recomenda usar proteção nos trabalhos agrícolas.

O vírus já deixou vítimas mortais, incluindo médicos

Tudo começou quando um agricultor voltou de uma plantação de arroz com sintomas da doença, que naquele momento pareciam os de uma gripe habitual. O homem foi assistido por um médico que, alguns dias depois, ficou com febre e os mesmos sintomas.

O agricultor faleceu no dia 12 de maio com febre e hemorragias internas, e o médico morreu no fim de junho.

Dois outros médicos foram contagiados pelo Arenavírus, um deles acabou por falecer uns dias atrás, o segundo continua em estado grave.

Até o momento pelo menos quatro pessoas foram vítimas do surto deste vírus, a população continua preocupada.

O representante da OPS, Dr. Alfonso Tenorio, destacou que os especialistas internacionais estão fortalecendo a capacidade dos laboratórios na comunicação de riscos e na biossegurança.

Dr. Alfonso Tenorio, representante da OPS Bolívia: "O Arenavírus tem elevada taxa de mortalidade, mas estamos sendo apoiados por especialistas internacionais para fortalecer a capacidade dos laboratórios, na comunicação de riscos e especialmente na biossegurança".

Ele também destacou que não é necessário declarar um alerta epidemiológico.

"Não há riscos neste momento para a população em geral, nem na Bolívia nem nos países vizinhos", assegurou o representante da Organização Panamericana da Saúde.

Por outro lado, o Colégio de Médicos boliviano realizou uma greve de 24 horas no passado dia 12 de julho exigindo melhores condições de trabalho depois do falecimento de seus colegas.

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