É o que disse, à Sputnik News, William Camacaro, fundador e coordenador do Círculo Bolivariano de Nova York Alberto Lovera.
"A situação é difícil. As sanções são difíceis para as pessoas comuns", disse Camacaro. "Apesar disso, você não vê demonstrações e não ouve críticas contra o governo. As pessoas estão percebendo que as sanções estão afetando a economia e a maioria das pessoas está culpando Donald Trump e a administração dos Estados Unidos".
Camacaro explicou que há menos de um mês retornou da Venezuela, onde testemunhou uma determinação entre o povo venezuelano de lidar com a má situação econômica e organizar trocas de bens e serviços sem usar nenhuma moeda.
"Eles organizam trocas de comida e serviços. Não vejo grandes problemas surgidos do interior [do país]", disse Camacaro.

O problema que a Venezuela enfrenta é que a oposição de direita do país não tem capacidade de fazer nada e o governo dos EUA é efetivamente a oposição, explicou Camacaro.
A maioria das pessoas não conhecia o líder da oposição, Juan Guaidó, quando se proclamou presidente interino da Venezuela em janeiro, afirmou Camacaro.
Além disso, o público parece odiar Guaidó, especialmente depois de a oposição ser acusada em um escândalo de corrupção envolvendo milhões de dólares de ajuda humanitária enviada à Venezuela. As acusações foram negadas pelos acusados.
"Muitas pessoas estão bravas, chateadas com isso. É por isso que você não vê grandes manifestações em apoio a Guaidó", disse Camaçaro.
Camacaro também afirmou que durante a celebração do Dia de Maio, cerca de 150 mil pessoas compareceram à manifestação pró-Maduro, enquanto apenas 3 mil compareceram ao encontro pró-Guaidó.
"Eu não acho que ele tenha qualquer possibilidade de ganhar uma eleição na Venezuela, especialmente depois de tudo o que tem acontecido nos últimos seis meses. Ele é apenas um membro da Assembleia Nacional", disse Camacaro.
Quase 6 meses desde a autoproclamação de Guaidó
A Venezuela está passando por uma crise político-econômica que se intensificou em janeiro depois que Guaidó proclamou-se presidente interino em uma tentativa de expulsar Maduro. Os Estados Unidos reconheceram Guaidó e passaram a impor sanções à Venezuela e a congelar bilhões de dólares em ativos venezuelanos.
A Rússia, que reconhece Maduro como o único presidente legítimo da Venezuela, disse que os Estados Unidos estão estrangulando o país com sanções, em uma tentativa de arrastá-lo ao caos.
Maduro chamou Guaidó de fantoche dos EUA e acusou os norte-americanos de orquestrarem um golpe na Venezuela para forçar uma mudança de governo e reivindicar os vastos recursos naturais do país.
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