A proposta apresentada pela ONU é acrescentar o plástico misto à Convenção da Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito, um tratado de 30 anos que impede que países enviem resíduos perigosos para o mundo em desenvolvimento sem o consentimento do governo receptor.
Em 2018, a Alemanha, os EUA e o Japão exportaram mais de 907,18 toneladas de resíduos plásticos para os países do Sudeste Asiático.
Como resultado da guerra comercial de Trump entre Washington e Pequim, desde 2017 a China se recusa a importar plástico usado e, de acordo com um estudo publicado em 2018 na revista Science Advances, "estima-se que 111 milhões de toneladas de resíduos plásticos serão deslocados com a nova política chinesa até 2030".
"Isso está enviando um forte sinal político para o resto do mundo — para o setor privado, para o mercado consumidor — de que precisamos fazer alguma coisa", observou Rolph Payet, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, referindo-se à decisão de atualizar o tratado para incluir o plástico. "Os países decidiram fazer algo que se traduzirá em ação real", acrescentou.
No entanto, apesar do fato de não ratificarem a proposta da Noruega para restringir as exportações de plásticos a países menos desenvolvidos, o comércio dos EUA com os países será afetado pelo acordo.
"[O acordo] só permitiria que os EUA exportassem resíduos de plástico que já estão separados, limpos e prontos para reciclagem", disse à Reuters David Azoulay, do Centro para o Direito Ambiental Internacional (CIEL). "Que é exatamente o tipo de lixo que eles enviam por não ter valor".
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