Trump diz que John Kerry 'deve ser processado' por manter contato com autoridades do Irã

© AP Photo / Jason DeCrow, PoolUS Secretary of State John Kerry, left, meets with Iran's Foreign Minister Mohammad Javad Zarif, Monday, April 27, 2015, in New York.
US Secretary of State John Kerry, left, meets with Iran's Foreign Minister Mohammad Javad Zarif, Monday, April 27, 2015, in New York. - Sputnik Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o ex-secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de violar a lei ao se encontrar com autoridades iranianas em 2018.

Ao se referir às reuniões de Kerry com os iranianos, Trump disse Kerry deveria ser processado com base na Lei Logan, que desde 1799 criminaliza a negociação de pessoas que não trabalhem para o governo com governos estrangeiros inimigos dos EUA.

"Você sabe que John Kerry fala muito com eles [iranianos], e John Kerry diz a eles que não liguem. Isso é uma violação da Lei Logan e, francamente, ele deve ser processado", disse o presidente americano nesta quinta-feira na Casa Branca. "Porém minha equipe não quer fazer nada [com Kerry], apenas os democratas fazem esse tipo de coisa", acrescentou Trump.

Ex-secretário de Estado dos EUA John Kerry durante reunião do Conselho de Cooperação do Golfo, Manama (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Mídia: ex-secretário de Estado dos EUA Kerry tenta salvar acordo nuclear iraniano
Apenas 2 pessoas foram indiciadas com base na lei até hoje: uma em 1803 e a outra em 1852, segundo a Fox News.

Um porta-voz de John Kerry reagiu às declarações de Trump e disse que as declarações do presidente estavam "simplesmente erradas, fim de papo".

"Ele está errado sobre os fatos, está errado sobre a lei e infelizmente está errado sobre como usar a diplomacia para manter a América segura. O secretário Kerry ajudou a negociar um acordo nuclear que funcionasse para resolver um problema intratável", disse o porta-voz, citado pela Fox. "O mundo o apoiou então e ainda o apoia. Esperamos que o presidente se concentre em resolver problemas de política externa dos EUA em vez de atacar seus antecessores por teatro", acrescentou.

Em setembro de 2018, John Kerry admitiu que desde que deixou o cargo, ele se reuniu secretamente pelo menos quatro vezes com altos funcionários iranianos — em especial com o chanceler iraniano Javad Zarif —, em um esforço para "salvar" o acordo nuclear iraniano. Kerry não informou o governo Trump sobre as reuniões, que ocorreram na Noruega, Alemanha e em outros lugares.

Em maio de 2018, Donald Trump retirou-se do acordo nuclear iraniano, reimplementando as sanções contra Teerã e as sanções secundárias contra as empresas e instituições financeiras dos países que fazem negócios com a República Islâmica.

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