Bolton diz que aliados de Maduro querem abandoná-lo e alerta: 'todas opções estão na mesa'

© Sputnik / Aleksei VitvitskyJohn Bolton na OTAN.
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Os Estados Unidos esperam ver uma transferência pacífica de poder na Venezuela, mas manterão todas as opções na mesa, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, nesta terça-feira, em meio a uma tentativa de golpe no país latino-americano.

"Queremos como nosso principal objetivo uma transferência pacífica de poder", disse Bolton. "Mas direi novamente: [o presidente da Venezuela] Nicolás Maduro e os que o apoiam, particularmente os que não são venezuelanos, devem saber que todas as opções estão na mesa", acrescentou.

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Falando na Casa Branca durante um dia de protestos antigovernamentais na Venezuela, Bolton declarou que o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, o juiz Maikel Moreno da Suprema Corte, e o comandante da guarda presidencial Ivan Rafael Hernandez Dala, teriam dito à oposição que Maduro precisava abandonar o poder em benefício do líder da oposição Juan Guaidó.

Bolton não ofereceu nenhuma evidência de que três dos principais lealistas de Maduro expressaram disposição de se voltar contra o presidente socialista, exceto para dizer que a oposição manteve a administração Trump bem informada sobre suas discussões.

"Ainda é muito importante que três figuras do regime de Maduro tenham conversado com a oposição nesses últimos três meses para cumprir seu compromisso de conseguir a transição pacífica do poder da camarilha de Maduro para o presidente interino Juan Guaidó", explicou Bolton aos repórteres.

"Todos concordaram que Maduro deve sair", disse Bolton. "Eles precisam ser capazes de agir esta tarde e esta noite para poder trazer outras forças militares para o lado do presidente interino".

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Mais cedo na terça-feira, Guaidó fez seu mais forte apelo aos militares para ajudá-lo a derrubar Maduro, e a violência estourou nos protestos contra o governo, quando o país atingiu um novo ponto de crise depois de anos de caos político e econômico.

Dezenas de tropas armadas que acompanharam Guaidó entraram em confronto com soldados que apoiavam Maduro em um comício fora da base aérea de La Carlota, em Caracas, mas o incidente desapareceu e não pareceu fazer parte de uma tentativa imediata da oposição de tomar o poder através da força militar.

Já o governo Maduro acusou Washington de orquestrar um golpe para instalar Guaidó como um fantoche dos EUA. Rússia, China e vários outros Estados apoiam Maduro como o presidente legítimo do país.

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