Embaixadores de Guaidó se reunirão com chanceler da Colômbia para avaliar cerco a Maduro

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O chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, informou que se reunirá com os embaixadores venezuelanos de Guaidó, em Bogotá, para discutir ações com vista a fortalecer o muro diplomático contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Segundo declarações, o ministro das Relações Exteriores colombiano disse a repórteres que no próximo sábado (27) os embaixadores venezuelanos designados pelo deputado da oposição Juan Guaidó se reunirão na Colômbia, sem fornecer detalhes sobre o local exato do encontro, e que ele tem "a honra de organizar essa reunião".

Trujillo adicionou que a reunião mostra que "o cerco diplomático [contra Nicolás Maduro] está crescendo, está em marcha e é irreversível" para que "os irmãos venezuelanos recuperem a democracia e a liberdade".

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"As ditaduras não caem de um dia para o outro; as ditaduras caem através da criação das condições que levarão um dia a que um evento se torne o gatilho final de um processo que naturalmente tem de ser estruturado", acrescentou o funcionário.

Por outro lado, Trujillo lembrou que há seis meses que a Colômbia denunciou perante a Secretaria Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) o tratado constitutivo desse organismo, pelo que decidiu abandonar esse bloco e incentivar outros países a fazer o mesmo.

"O processo iniciado em virtude das consultas avançadas com outros países e da decisão tomada pela Colômbia já levou seis países da Unasul a denunciar o tratado constitutivo, o que implica que pouco a pouco está se avançando no desaparecimento deste órgão, o que também abre uma grande perspectiva para o futuro do Prosur", afirmou Trujillo.

O Prosur (Fórum para o Progresso da América do Sul) foi oficializado pelos presidentes da Colômbia e do Chile, Iván Duque e Sebastián Piñera, respectivamente, em 22 de março. O projeto é formado pela Argentina, Brasil, Peru, Equador, Paraguai e Guiana, como forma de contrabalançar a Unasul, que, segundo eles, apoia o governo de Maduro.

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A crise na Venezuela se agravou em 23 de janeiro, quando Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Por sua vez, Maduro, que assumiu seu segundo mandato em 10 de janeiro após eleição, classificou a declaração do líder da oposição como uma tentativa de golpe de Estado e culpou os EUA por orquestrá-la.

Rússia, China, Cuba, Bolívia, Irã e Turquia, entre outros países, continuam a apoiar o governo de Maduro, enquanto Guaidó (reconhecido pelos EUA, Colômbia e outros 50 países) está realizando uma campanha internacional para cercar Maduro de maneira diplomática e financeira e assim forçá-lo a deixar o poder.

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