Diante do Palácio de Miraflores e acompanhado pelo senador por Roraima, Telmário Mota, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse que ambos os países concordam "em trabalhar na reabertura de postos fronteiriços no sul do país, entre Santa Elena de Uairén [na Venezuela] e o município de Pacaraima [no Brasil]".
O diplomata enfatizou que ambos os países latino-americanos devem definir "regras claras" para garantir o bem-estar das populações venezuelana e brasileira antes de reabrir a passagem binacional, mas que a ideia é que a reabertura "aconteça o mais rápido possível".
Para Arreaza, dada a crescente atividade comercial entre o Brasil e a Venezuela, "o melhor é ter uma fronteira aberta", mas sem repetir o "espetáculo do governo dos Estados Unidos", referindo-se ao dia 23 de fevereiro, quando membros da oposição venezuelana, com apoio de Washington, tentaram introduzir à força o chamado lote da "ajuda humanitária".
#HaceMinutos 📹 | “Hemos acordado con el presidente @NicolasMaduro trabajar en la reapertura de los puestos fronterizos en el sur del país, para que lo cual hay un trabajo previo de mesas de trabajo con los actores”, manifestó el canciller @jaarreaza pic.twitter.com/hF3zoffWQw
— Prensa Presidencial (@PresidencialVen) 15 de abril de 2019
"Concordamos com o presidente Nicolás Maduro em trabalhar na reabertura dos postos fronteiriços no sul do país, para que haja trabalho prévio de grupos de trabalho com os envolvidos", disse o chanceler Jorge Arreaza
Mota enfatizou a importância de não interferir nos assuntos internos da Venezuela e de restabelecer as relações bilaterais. O senador, que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro perdeu "capacidade diplomática" com o país venezuelano, e por isso o Senado se propôs a reestabelecer a relação bilateral."O Poder Legislativo recuperou a capacidade diplomática para restabelecer uma relação de paz e harmonia com a Venezuela", acrescentou o parlamentar.
O fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela ocorreu no dia 21 de fevereiro por ordem do presidente venezuelano Nicolás Maduro, após a declaração de Bolsonaro sobre levar "ajuda humanitária" ao povo venezuelano — vista por Maduro como uma operação logística implantada no estado de Roraima.
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