Especialista: EUA minam situação na Venezuela usando Brasil e Colômbia

© AP Photo / Hasan Jamali Soldado junto à bandeira dos EUA (foto de arquivo)
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O Departamento de Estado dos EUA ameaçou as autoridades venezuelanas com consequências pela detenção de dois apoiadores do líder da oposição Juan Guaidó. O especialista Konstantin Blokhin sugeriu para o serviço russo da rádio Sputnik como Washington iria pressionar Caracas.

A detenção pelas autoridades venezuelanas dos apoiadores do líder da oposição Juan Guaidó, que ilegalmente se declarou presidente, não ficará sem consequências, disse um representante do Departamento de Estado dos EUA à agência Sputnik.

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"Os Estados Unidos condenam as incursões dos serviços de segurança (do presidente Nicolás Maduro) e a detenção de Roberto Marrero, assessor do presidente interino Juan Guaidó, e de Luis Aguilar. Apelamos à libertação imediata deles e chamaremos à responsabilidade todos os envolvidos", disse ele. O funcionário do Departamento de Estado dos EUA acrescentou também que "haverá consequências pela continuação das perseguições" à oposição.

Konstantin Blokhin, especialista do Centro de Estudos de Segurança da Academia de Ciências da Rússia, sugeriu para a rádio Sputnik como Washington pretenderia pressionar Caracas.

"Agora os Estados Unidos estão minando a situação na Venezuela de todas as formas possíveis, intensificando a guerra informacional contra ela, exigindo uma mudança de poder lá. E não só lá, também falam de Cuba e da Nicarágua. Ao mesmo tempo, é pouco provável que os americanos tomem quaisquer medidas radicais como uma invasão. Pelo contrário, podemos esperar que eles continuem a opor a Venezuela aos seus vizinhos, Brasil e Colômbia, ou voltem a usar seu truque favorito, atuando, sempre que possível, com as mãos dos outros", disse Blokhin.

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O especialista não descartou a possibilidade de pressionar a Venezuela de outras formas, através de alguma operação especial, lembrando as tentativas da CIA de assassinar [o ex-líder cubano Fidel] Castro, que foram muitas dezenas.

"Os recentes cortes de energia na Venezuela também podem ter sido um ‘teste de resistência', para ver a resposta da população a essas emergências criadas artificialmente. De qualquer forma, é óbvio que os americanos estão prontos para forçar a situação", concluiu Konstantin Blokhin.

Anteriormente, uma fonte policial em Caracas disse que Roberto Marrero e outro companheiro de Guaidó, Sergio Vergara, foram detidos na madrugada de quinta-feira (21) por agentes do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (SEBIN). Suas casas foram revistadas e foram encontrados dois fuzis e uma granada na posse de Marrero.

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Seu motorista, Luis Aguilar, foi detido com Vergara. Algum tempo depois, Vergara foi libertado, enquanto Marrero permanece sob custódia. O ministro do Interior, Nestor Reverol, disse que Marrero é acusado de organizar grupos terroristas criminosos.

Em 21 de janeiro, na Venezuela começaram protestos em massa contra o presidente Nicolás Maduro, logo após sua tomada de posse. Juan Guaidó se declarou ilegalmente como chefe de Estado temporário. Vários países ocidentais, liderados pelos EUA, anunciaram o reconhecimento do Guaidó. Rússia, China e vários outros países apoiaram Maduro como o presidente legítimo.

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