Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, expressou ao serviço russo da Rádio Sputnik sua opinião sobre o poderio do exército venezuelano, bem como sobre a possibilidade de os EUA atacarem o país.
"Lá [na Venezuela] o exército é bom, acho que os EUA o entendem muito bem, portanto, uma intervenção direta é impossível, seria muito desvantajosa. Não é o Iraque, tudo seria muito mais difícil."
Segundo o analista, o exército venezuelano está bem preparado, desde a época de Hugo Chávez, e bem armado, reforçado ainda pelas numerosas milícias populares.
Entretanto, Chichin admitiu a possibilidade de uma agressão através dos países vizinhos da Venezuela – da Colômbia e do Brasil.
"Não se pode tratar de uma agressão aberta. Porém, pode ocorrer uma agressão através dos vizinhos da Venezuela – através da Colômbia e, em menor extensão, através do Brasil, é muito possível, ou seja, a infiltração de alguns indivíduos, alguns comandos, capazes de levarem a cabo provocações individuais", assinalou.
De acordo com ele, essas provocações individuais podem resultar em sequestro de algum general venezuelano importante, ou em ataque contra algum funcionário da embaixada norte-americana em Caracas.
As manobras na Venezuela terão lugar de 10 a 15 de fevereiro. Segundo Nicolás Maduro, serão os maiores e mais importantes exercícios militares desse tipo já realizados em 200 anos de história do país.
A tensão política na Venezuela aumentou desde que o líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino. Ele foi apoiado pelo governo dos Estados Unidos e também pelo Brasil, Argentina e Colômbia, entre outros países. Já Maduro, reeleito em 2018, é considerado o presidente legítimo da Venezuela por tais países como a Rússia, Turquia, México, Uruguai e China.
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