Especialista: alegadas dúvidas da Rússia quanto a Maduro são mera desinformação da mídia

© Sputnik / Aleksei Kudenko / Acessar o banco de imagensPresidente russo Vladimir Putin com o presidente da Venezuela Nicolás Maduro (foto do arquivo)
Presidente russo Vladimir Putin com o presidente da Venezuela Nicolás Maduro (foto do arquivo) - Sputnik Brasil
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Na mídia americana apareceram afirmações de que o Kremlin supostamente teria começado a duvidar da capacidade do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de manter o poder. O especialista Dmitry Ofitserov-Belsky comenta o tema à rádio Sputnik.

A Bloomberg, por exemplo, escreve que a Rússia começou a se preocupar com o fato de que o regime de Nicolás Maduro na Venezuela não possa defender-se, citando duas fontes supostamente "próximas ao Kremlin". A agência observa que o Kremlin continua apoiando Maduro, mas as autoridades russas estão "reconhecendo cada vez mais" que o terrível estado da economia venezuelana reduz o apoio público ao atual presidente.

Segundo Bloomberg, é muito dificil para Maduro recorrer ao recurso militar, já que o Exército venezuelano não está pronto para usar a força contra os cidadãos que tomam parte nos protestos. A Rússia não poderá prestar uma ajuda real a Maduro, escreve a Bloomberg, pois não será possível salvar a economia venezuelana e a assistência militar não é viável por causa da distância entre os países.

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Dmitry Ofitserov-Belsky, especialista no Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia, duvida das notícias publicadas pela Bloomberg.

"Parece uma desinformação. Além disso, o que está acontecendo na Venezuela deve ser um assunto interno da Venezuela. Maduro vai manter o poder ou não — isso não é um assunto russo ou americano", disse Dmitry Ofitserov-Belsky.

De acordo com especialista, dadas as dificuldades que Nicolás Maduro enfrenta, a séria pressão da oposição e o apoio da Europa ao autoproclamado líder, Juan Guaidó, será difícil para Maduro manter o poder.

Ele também comentou as palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que disse que a Venezuela, com a mudança de governo, deixará de "depender de Cuba e da Rússia".

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"Eu não acho que Pompeo tenha pensado bem antes de expressar essa ideia. Especialmente por a Venezuela nunca ter dependido de Cuba. Havia vínculos muito estreitos — em algum período na base do antiamericanismo, na base de Chávez considerar o líder da revolução cubana como seu mentor, mas não havia dependência ", disse Ofitserov-Belsky.

Pelo contrário, afirma, por muito tempo, Cuba desfrutou de preços preferenciais do petróleo venezuelano. Ele acrescentou também que é bastante estranho que Pompeo não tenha mencionado a China, que fez enormes investimentos na economia venezuelana nas últimas duas décadas, muito mais do que a Rússia.

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