As disputas sobre o governo de Maduro que dividem a Europa vieram à tona quando a Itália e a Grécia recusaram apoiar a declaração conjunta da UE sobre o reconhecimento de Guaidó, segundo o jornal.
Muitos países acusam Nicolás Maduro de ter destruído a economia venezuelana e estabelecido uma ditadura, por isso os EUA e vários países da América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram o líder da oposição como presidente interino legítimo do país. Os 19 países europeus com a mesma posição incluem a França, Suécia, Áustria, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Portugal.
A UE tentou reconhecer Guaidó através de uma declaração conjunta, mas enfrentou os protestos de alguns países europeus.
O partido governista Movimento 5 Estrelas da Itália bloqueou a tentativa da UE, assinalando que tal reconhecimento daria luz verde à intervenção militar dos EUA na Venezuela. Os políticos italianos exemplificam as prováveis consequências com a situação na Líbia, onde a coalizão ocidental decidiu derrubar Muammar Kadhafi. Entretanto, o outro partido governista italiano, liderado por Matteo Salvini, não apoiou Maduro.
O governo de Maduro rejeitou categoricamente a declaração da UE e acusou os europeus de seguirem a estratégia dos EUA para a derrubada do governo.
O empenho da UE no reconhecimento de Guaidó foi criticado também pela Rússia, que acusou os países europeus de tentarem intervir nos assuntos internos da Venezuela. A China tomou uma posição mais neutral declarando que, qualquer que seja o desenvolvimento da situação, a cooperação entre a China e Venezuela não seria prejudicada.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao contrário, saudou a decisão da UE e apelou para que outros países também reconheçam Guaidó. Os EUA impuseram sanções duras contra a Venezuela, proibindo as empresas americanas de comprarem petróleo venezuelano.O jornal destacou também a promessa do Canadá de enviar US$ 40 milhões (R$ 147 milhões) para os venezuelanos que estão sofrendo de falta de comida e medicamentos, bem como para os países vizinhos que receberam refugiados venezuelanos.
Caracas vem enfrentando uma crise política há muito tempo, tendo ela sido agravada com a autoproclamação do líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país no dia 23 de janeiro, enquanto o presidente reeleito Maduro culpa Washington de estar arquitetando um golpe de Estado.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)