EUA: Trump fecha acordo com democratas para encerrar a mais longa paralisação do governo

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Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, após a reunião em Helsinque, em 16 de julho de 2018 - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira um acordo para reabrir o governo depois de mais de 34 dias, a mais longa paralisação da história do país - sem comprometer-se com o muro na fronteira com o México proposto por ele.

"Em pouco tempo, assinarei uma lei para reabrir nosso governo por três semanas", declarou no Jardim das Rosas da Casa Branca, acrescentando que os parlamentares trabalharão, desta vez, em uma solução mais permanente para a crise na fronteira.

Trump disse acreditar que os democratas e os republicanos estão dispostos a pôr o seu partidarismo de lado para "colocar a segurança do povo americano em primeiro lugar".

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O presidente agradeceu aos trabalhadores federais e suas famílias por "sua dedicação em face das dificuldades". Cerca de 800 mil funcionários do governo ficaram sem seu salário por um mês, com muitos ainda tendo que trabalhar.

Embora Trump não tenha revelado nenhum detalhe do acordo, ele falou extensivamente em seu discurso sobre o muro fronteiriço proposto, dando argumentos para sua construção.

O presidente ampliou os atos que podem ser cometidos por criminosos que chegam ao país através da fronteira, desde tráfico de drogas até assaltos a mulheres. Ele garantiu que os cartéis, as gangues transnacionais e os traficantes de pessoas estão "descaradamente violando as leis americanas e aterrorizando comunidades inocentes".

Se o Congresso não produzir um acordo justo nas próximas três semanas, disse Trump, o governo vai parar novamente em 15 de fevereiro, ou usará os poderes de emergência dados a ele pela Constituição para tratar da emergência na fronteira.

Debate no Congresso

Após o discurso do presidente, tanto o líder da maioria na Câmara, Mitch McConnell (republicano-Kentucky) quanto o líder da minoria Chuck Schumer (democrata-Nova York) disseram no Senado que trabalharão juntos, concentrando-se em áreas onde ambas as partes concordam.

Em uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, Schumer e a presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi (democrata-Califórnia) agradeceram aos democratas por se manterem firmes e disseram que esperavam que Trump tivesse "aprendido a lição" com o fechamento.

Embora Schumer tenha dito que os democratas ainda estão "firmemente contra o muro", Pelosi não descartou explicitamente, concentrando-se em suas propostas anteriores de mais tecnologia nos portos de entrada.

Reagindo ao anúncio de Trump, tanto os críticos quanto os defensores do presidente concordaram que isso era uma capitulação aos democratas.

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Trump disse que "seria o dono da paralisação" durante as negociações com os congressistas democratas em dezembro. Depois que os democratas do Senado bloquearam a proposta aprovada pela Casa Republicana de doar US$ 5,7 bilhões, o governo entrou em uma paralisação parcial em 22 de dezembro. Em mais de 34 dias, é a mais longa interrupção dos serviços governamentais na história dos EUA.

Durante o fechamento, Trump percorreu a fronteira, dirigiu-se ao país a partir do Salão Oval e até mesmo preparou um rascunho da declaração de emergência — de acordo com a mídia dos EUA —, mas decidiu não usá-lo.

Os democratas têm repetidamente prometido que nunca autorizarão qualquer financiamento para o muro da fronteira, nunca. Pelosi foi longe a ponto de desconvidar Trump para entregar o discurso do Estado da União até que o governo reabra. O acordo proposto por Trump, que incluiria um "pagamento inicial" em troca de algumas proteções para imigrantes trazidos para os EUA ilegalmente, foi abatido antes de ser tornado público.

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