Diplomatas norte-americanos começam a deixar Venezuela

© REUTERS / Marco BelloBandeira norte-americana sobre a Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Venezuela
Bandeira norte-americana sobre a Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Venezuela - Sputnik Brasil
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Os funcionários da embaixada norte-americana começaram a deixar Venezuela depois do presidente Nicolás Maduro ter decidido romper relações com Washington, informou o ministro do Turismo, Ernesto Villegas.

"Saída dos carros diplomáticas da embaixada dos EUA em Caracas para o Aeroporto de Maiquetia Internacional depois da quebra de relações anunciada pelo Presidente Nicolás Maduro", escreveu Villegas em seu Twitter, que acompanhou de um vídeo de veículos oficiais norte-americanos.

Sputnik foi informada que pelo menos 70 membros da equipe administrativa com familiares deixaram a embaixada em direção ao aeroporto internacional na manhã desta sexta-feira. Os veículos foram escoltados por policiais e militares.

​Em 23 de janeiro, Maduro deu 72 horas para os diplomatas dos EUA deixarem o território venezuelano.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse em 24 de janeiro que seu país não reconhece o Governo de Maduro como legítimo, portanto ele não teria autoridade legal para romper relações com os Estados Unidos.

Maduro repudiou essas declarações em 25 de janeiro e argumentou que a Venezuela não é um enclave colonial dos Estados Unidos.

O chefe de Estado da Venezuela também ordenou o fechamento da embaixada e dos consulados venezuelanos nos Estados Unidos.

O presidente da Assembléia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, alertou que, se os diplomatas dos EUA se recusassem a deixar a Venezuela, a área da sede diplomática poderia ficar sem serviços básicos, como eletricidade e gás.

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O chefe do Estado venezuelano, Nicolás Maduro, que assumiu o segundo mandato em 10 de janeiro, descreveu a declaração de Guaidó como uma tentativa de golpe e culpou os EUA por organizar as desordens.

Nas Américas, até agora os EUA, o Equador e 11 países do Grupo de Lima — Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru — reconheceram Guaidó como presidente interino.

Três nações do Grupo de Lima — México, Guiana e Santa Lúcia — não aderiram a essa decisão.

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Rússia, China, Irã e Turquia, entre outros, também expressaram seu apoio ao governo venezuelano.

A União Europeia pediu para iniciar um processo político com eleições livres.

De 21 a 23 de janeiro, protestos a favor e contra o atual governo resultaram em 26 mortes e 364 detentos, segundo várias ONGs venezuelanas.

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