Tanto o professor de Política Internacional da Universidade Estadual do Rio Janeiro (Uerj) Paulo Velasco quanto Paulo Sergio Wrobel, professor de Relações Internacionais da PUC-Rio, acreditam que o contato de Bolsonaro e Poroshenko é apenas inicial.
Wrobel afirmou à Sputnik Brasil que a agenda não deve ser "supervalorizada", mas sim vista como um encontro entre líderes que aparentam "afinidade política e ideológica". Velasco disse que Bolsonaro priorizou encontros com "lideranças nacionalistas".
Nota do governo ucraniano disse que Bolsonaro "apoiou a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia".
Velasco acredita que o episódio não deve abalar as relações com a Rússia já que a declaração é apenas genérica e segue uma postura histórica da diplomacia brasileira de buscar o máximo de contatos possíveis, até mesmo com países que não dialogam entre si, como Israel e Palestina.
"Se houver uma insistência em uma retórica que pode ser interpretada pela Rússia como complicada e que contraria as boas relações do Brasil com a Rússia, aí poderíamos ter problemas. Eu não acredito que o Brasil vai insistir muito nessa ideia de se colocar do lado da Ucrânia a ponto de comprar uma briga ou distanciamento diplomático com a Rússia", afirma Velasco à Sputnik Brasil.
Em 2018, o Brasil exportou US$ 118,6 milhões à Ucrânia — e as importações somaram US$ 60,3 milhões no mesmo período.
Já com a Rússia, 2018 fechou com US$ 1,65 bilhões em exportações brasileiras, e US$ 1,65 bilhões em importações.
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