EUA treinaram pilotos dos Emirados Árabes Unidos para ataques aéreos contra o Iêmen

© U.S. Air Force photo by Staff Sgt. Corey HookUm F-16 Desert Falcon dos Emirados Árabes Unidos faz manobras no Bahrain International Airshow em 2016.
Um F-16 Desert Falcon dos Emirados Árabes Unidos faz manobras no Bahrain International Airshow em 2016. - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos realizaram um programa de treinamento para preparar militares dos Emirados Árabes Unidos para ataques aéreos ao Iêmen. É o que mostra uma reportagem do Yahoo News que detalhou o envolvimento do Pentágono.

O Comando Central das Forças Aéreas dos EUA (AFCENT) escoltou meia dúzia de F-16 dos Emirados Árabes Unidos para treinamentos avançados. Cerca de 150 aviadores foram preparados para operações de combate no Iêmen, informou um memorando oficial da Força Aérea dos EUA. O documento pelo Yahoo foi obtido por meio de uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação.

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à direita, em encontro com o ministro de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan. O encontro foi realidado no Departamento de Estado, em Washington, no dia 14 de maio de 2018. - Sputnik Brasil
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O memorando explica que treinamento adicional foi fornecido às tripulações dos Emirados na Base Aérea de Al Dhafra, operada pela Força Aérea dos EUA. O treinamento gerou 29 alas de combate que foram imediatamente enviadas para combate no Iêmen.

Ao tentar explicar a questão, um representante do Comando Central dos EUA, Tenente-Coronel Josh Jacques, ofereceu uma declaração contraditória ao Yahoo News, afirmando: "Não realizamos exercícios com membros da [coalizão liderada pelos sauditas] para preparar operações de combate no Iêmen".

No mês passado, o general americano Joseph Dunford declarou que os EUA "não participam da guerra civil no Iêmen, nem estão apoiando um lado ou outro". Tropas dos EUA e ex-soldados, porém, participaram de operações terrestres no conflito. Uma equipe de cerca de uma dúzia de comandos do Exército dos EUA secretamente ajudou a coalizão saudita a destruir e destruir locais de lançamento de mísseis balísticos, informou o jornal The New York Times em maio passado.

Denúncias de torturas e ações arbitrárias

Uma investigação publicada pela Associated Press em junho de 2017 descobriu que autoridades dos Emirados Árabes estão torturando suspeitos de terrorismo em 18 centros de detenção secretos no sul do Iêmen antes de entregá-los aos EUA para interrogatório. 

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O Congresso aprovou posteriormente uma provisão no Ato de Autorização de Defesa Nacional de 2019, exigindo que o Pentágono fornecesse estatísticas completas quanto à parceria de contraterrorismo entre EUA e Emirados Árabes Unidos no Iêmen. O relatório foi entregue em dezembro, mas só foi tornado público ao ser publicado pelo The Intercept.

"O Departamento de Defesa forneceu o que só pode ser descrito como uma conta deliberadamente enganosa e ilusoriamente evasiva das ações dos EUA e dos Emirados no Iêmen", escreveu à época Luke Harting, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional durante o governo Obama.

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