Rússia insiste na não intervenção de Washington nos assuntos internos da Venezuela

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinsProtestos na Venezuela
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Comentando a situação na Venezuela, o ministro das Relações Exteriores da Rússia declarou que Moscou insiste na não intervenção de países estrangeiros nos assuntos internos de Estados soberanos.

"Nossa posição é que é necessário evitar qualquer intervenção nos assuntos internos de Estados soberanos", declarou o ministro durante sua coletiva de imprensa anual. 

Lavrov lembrou que a Rússia tem apoiado desde há muito as tentativas de restabelecimento do diálogo entre o governo e a aposição da Venezuela, mas o conflito não foi resolvido porque "os países estrangeiros, especialmente os EUA, influenciaram a parte mais intransigente da oposição".

"De fato, essa influência fez com que essa parte da oposição se tornasse intransigente. Isso é muito lamentável", sublinhou o chanceler.

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"Ouvimos também declarações sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela, declarações de que os EUA reconheceriam ou podem começar a reconhecer não o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, mas sim o presidente do parlamento. Tudo isso é muito preocupante, isso significa que a linha de fazer colapsar os governos indesejáveis continua sendo uma das prioridades dos EUA", revelou Lavrov.

O ministro russo declarou que os EUA continuam impondo a sua vontade à comunidade internacional usando a força.

"No ano passado aumentou o potencial de conflito, em primeiro lugar, devido à relutância persistente dos alguns países ocidentais encabeçados pelos EUA de aceitar as realidades do mundo multipolar que está em formação e à aspiração de continuar a impor a sua vontade através de alavancas de força, econômicas e de propaganda", explicou o diplomata.

O parlamento venezuelano, a Assembleia Nacional, que é controlada pela oposição, na terça-feira aprovou uma moção que classifica o chefe de Estado, Nicolás Maduro, como usurpador. Essa moção significa que todas as ações e decisões do poder executivo são declaradas nulas e sem efeito. Além disso, o parlamento apelou à comunidade internacional para congelar as contas bancárias venezuelanas no exterior.

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Anteriormente, a Casa Branca informou que o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fez um telefonema ao líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, para expressar o apoio dos Estados Unidos.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chamou o governo de Nicolás Maduro de "ilegítimo" e acrescentou que os EUA vão trabalhar ativamente para restaurar uma "democracia real" na Venezuela.

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