"É a indolência, a burocracia e a corrupção que estão apodrecendo tudo, já basta!", disse Maduro na quarta-feira (26) em uma cerimônia pública em Caracas.
Recentemente, o líder venezuelano pediu à vice-presidente executiva, Delcy Rodriguez, para coordenar um plano nacional anticorrupção, que será adicionado, nesta nova fase do governo, às ações que a Procuradoria promove há meses para encontrar esquemas de suborno e irregularidades.
"Eles são bandidos, ladrões, que se disfarçam de 'vermelho' [cor simbólica do chavismo], e roubaram a Pátria. A luta é contra a indolência, a burocracia e a corrupção, não importa quem caia", disse o presidente no momento de anunciar a iniciativa.
A declaração de Maduro acontece em um contexto marcado pela grande crise econômica e sanções que assolam o país latino-americano.Parte da superação da crise que atinge o país "acontece com a luta contra a corrupção", afirma o analista político Luis Quintana.
Para combater a corruptela, o fiscal venezuelano Elvis Amoroso, colocou à ordem do Executivo 23 controladorias espalhadas pelo país, 4.600 auditores e 2.600 juristas.
O 'plano anticorrupção' vem definir uma estratégia que foi elaborada desde maio passado, com as primeiras diretrizes, chamadas por Maduro de 'plano renovado e especial', contra irregularidades administrativas no Estado.
A corrupção é sem dúvida "um tema de interesse público nacional que não afeta apenas os cofres públicos, mas também o funcionamento do país", ressaltou o especialista.
O Ministério Público registou 1.129 pessoas acusadas e 824 condenadas por casos de corrupção.
O chavismo (ideologia de esquerda política baseada nas ideias de governo associadas ao ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez), com base em 3 mil comunidades organizadas por todo país, promove um encontro para reunir propostas e somá-las às ações do Executivo nacional. Suas forças, lideradas pelo Partido Socialista venezuelano, também incorporam diretrizes na luta contra a corrupção no "Plano da Pátria" — a proposta de governo baseada nas diretrizes gerais estabelecidas por Chávez.
A porta-voz do Conselho Presidencial de Comunas, Anny Higgins, acredita que a nova estratégia significa uma nova etapa do chavismo para fortalecer "o caráter ético" dos funcionários e daqueles que participam de organizações sociais, escreve a agência de notícias AVN.
Con más fuerza y la esperanza renovada, nos preparamos para las nuevas batallas por la estabilidad y la prosperidad de la Patria, en el próximo año. Junto al pueblo, haremos de Venezuela una gran potencia. pic.twitter.com/UC2W5TgyPC
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) 26 de dezembro de 2018
Com mais força e esperança renovada, nos preparamos para as novas batalhas pela estabilidade e prosperidade da Pátria, no próximo ano. Juntamente com o povo, faremos da Venezuela uma grande potência
O presidente Maduro colocou no centro do debate o propósito fundamental no "plano anticorrupção": fortalecer a honestidade no serviço público como um dos pilares para alcançar a "paz" política em 2019, com apoio de setores internos da oposição.
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