Especialistas reconstroem provável cenário de naufrágio do submarino ARA San Juan

© AP Photo / Marinha da ArgentinaSubmarino argentino ARA San Juan
Submarino argentino ARA San Juan - Sputnik Brasil
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Os especialistas argentinos reconstruíram o mais provável cenário de naufrágio do submarino ARA San Juan, desaparecido há um ano, comunicou o portal Nacion.

No sábado, a Marinha argentina anunciou ter encontrado o submarino ARA San Juan, com o casco deformado e com indícios de explosão, à distância de 500 km da costa e a uma profundidade de 900 metros. Sua localização foi detectada graças às operações de busca da empresa Ocean Infinity.

Segundo o portal, citando o projeto do relatório de especialistas da Comissão do Ministério da Defesa da Argentina, é bem provável que um primeiro incêndio pudesse ter surgido a bordo, próximo do compartimento de baterias elétricas de proa, ainda em 14 de novembro de 2017, ou seja, um dia antes do naufrágio. A explosão e o incêndio poderiam ter sido provocados pela penetração de água na bateria através do sistema de ventilação.

A seguir, o submarino emergiu, a tripulação consertou a avaria, apesar do mau tempo e da hora tardia, e mergulhou novamente para se dirigir para a base da Marinha de Mar del Plata. Entretanto, o comando do San Juan comunicou sobre o incidente apenas em 15 de novembro de manhã, permanecendo imerso.

O porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, mostrando as imagens dos restos do submarino ARA San Juan - Sputnik Brasil
Marinha argentina publica FOTOS do submarino ARA San Juan naufragado
Depois disso, provavelmente, o fogo reacendeu-se a bordo ou começou um novo incêndio, o que causou a perda de direção do submarino, que começou rapidamente a afundar-se. Tudo isso aconteceu no contexto de cansaço físico e moral da tripulação, que por várias horas havia combatido o fogo no compartimento das baterias.

Atingindo a profundidade crítica, o submarino poderia ter sido esmagado pela massa de água, o que explica a deformação do seu corpo. Inicialmente, se falou de uma implosão, mas agora os especialistas opinam que o casco do San Juan teria sido esmagado pela pressão da água a grande profundidade.

Anteriormente, os especialistas rejeitaram a hipótese de colisão do submarino com outra embarcação na superfície, bem como a possibilidade de ter sido atingido por um torpedo, visto não haver provas correspondentes. Por exemplo, não há dados sobre a eventual presença na região do naufrágio de um submarino britânico.

No projeto de relatório se sublinha que todas as essas versões podem ser confirmadas ou desmentidas apenas no caso de levantamento do submarino do fundo do mar, mas as autoridades argentinas ainda não estão prontas para isso. O ministro da Defesa do país, Oscar Aguad, declarou que seria imprudente gastar quatro bilhões de dólares para levantar o San Juan.

Imagem do desaparecido submarino argentino San Juan - Sputnik Brasil
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O ARA San Juan, com 44 tripulantes a bordo, parou de emitir sinais de comunicação em 15 de novembro de 2017, durante uma patrulha de rotina no Atlântico Sul, perto da costa da Argentina.

Na sequência do desaparecimento, foi lançada uma grande operação internacional de busca e resgate envolvendo embarcações e equipamentos de diferentes países. Em 30 de novembro, a Marinha da Argentina anunciou o encerramento das atividades de resgate, mas destacou que os trabalhos para localizar o submarino iriam continuar.

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