Trump assina decreto de tarifas de aço e alumínio e ameaça: 'Vamos encerrar o NAFTA'

© Reprodução / YoutubePresidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina decreto que impõe tarifas às importações de aço e alumínio.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina decreto que impõe tarifas às importações de aço e alumínio. - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, exerceu seus poderes executivos nesta quinta-feira (8) para impor tarifas protecionistas sobre o aço e o alumínio que entram no país, ignorando os apelos dos legisladores republicanos que se opuseram à política.

O aço será tributado a uma taxa de 25%, enquanto o alumínio será tributado em 10 %. O Canadá e o México estão isentos da política, conforme exigido pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

Trump disse que os EUA estão renegociando o NAFTA. "Vamos encerrar o NAFTA e fazê-lo novamente […] mas acho que vamos fazer um acordo", disse ele.

A cerimônia de assinatura sobre as tarifas foi transmitida ao vivo pela casa branca e se encerrou no final da tarde.

Sob uma disposição um tanto obscura no Ato de Expansão do Comércio de 1962 — especificamente a Seção 232 — o presidente tem poderes substanciais, caso necessário, para tomar medidas para mudar as importações. Especificamente, o ato permite ao presidente mudar unilateralmente a política comercial sem a ação do Congresso se a mudança estiver relacionada a uma "ameaça à segurança nacional".

De acordo com Trump, "se você não tem aço, você não tem um país". O presidente argumentou que, uma vez que o equipamento militar é fabricado com alumínio e aço, os EUA estão tomando uma decisão de "necessidade de segurança nacional".

Dando eco à maneira como descreveu os Estados Unidos como estando sob situação de "carnificina" durante seu discurso inaugural, Trump afirmou durante a cerimônia de assinatura que a indústria de metais dos EUA foi "devastada" por políticas comerciais injustas."Hoje, estou defendendo a segurança nacional dos Estados Unidos", anunciou.

Trump criticou fortemente o déficit comercial dos EUA com países de todo o mundo e citando o déficit comercial com Pequim, que ele diz que é de US$ 500 bilhões ao ano. No quarta-feira (7) ele também usou o Twitter para informar que comunicou um pedido de ação da China para diminuir o déficit comercial entre os países.

Para os impostos aplicados sobre os produtos norte-americanos vendidos nos mercados estrangeiros, os EUA explorarão "tarifas espelhadas", ou seja, aplicarão os mesmos valores sobre os produtos fabricados por países de fora e vendidos a consumidores norte-americanos, disse Trump. "Nós só queremos justiça, queremos que tudo seja recíproco".

De acordo com um relatório recente na seção "ouvido na rua" do Wall Street Journal, as políticas da Trump podem ter o efeito oposto de seu objetivo declarado de acabar com déficits comerciais americanos.

"O déficit comercial provavelmente continuará a crescer […] O corte de impostos e os planos de gastos que eles ajudaram a inaugurar provavelmente aumentarão a demanda de bens e serviços entre consumidores e empresas este ano. Alguns desses bens e serviços virão do exterior, então as importações aumentarão. As exportações também devem aumentar, uma vez que mais importações dos EUA devem ajudar as economias estrangeiras, mas o efeito não será tão grande quanto foi anunciado", informou o WSJ em 7 de março.

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