Analista: EUA estão preparando terreno para receber presidente mais furioso contra Rússia

© AFP 2023 / JONATHAN ALCORN Mulher caminha por trabalhos artísticos em um dos escritórios do Twitter na Califórnia (foto de arquivo)
Mulher caminha por trabalhos artísticos em um dos escritórios do Twitter na Califórnia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Representantes do Facebook, Twitter e Google participarão de audiências no Congresso norte-americano quanto ao "processo russo". O especialista em ciências políticas Grigory Trofimchuk, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, falou por que os EUA iniciaram uma campanha informacional contra a Rússia.

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O Twitter revelou mais de 36.000 contas que estriam ligadas a "serviços especiais russos", informou a edição Business Insider, citando discurso de um representante da empresa, que o recebeu de fontes.

De acordo com a edição, no texto do discurso do diretor do Conselho Geral do Twitter, Edgett Sean, está escrito que "foram reveladas 36.746 contas que geram um conteúdo automatizado, relacionado às eleições, e possuem ao menos uma característica que as ligariam à Rússia".

Também, segundo o texto, estas contas enviaram cerca de 1,4 milhão de publicações sobre as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, que receberam cerca de 288 milhões de "respostas".

De acordo com o mesmo discurso, estas contas representam 0,012% de todas as contas da rede social.

O especialista em ciências políticas, Grigory Trofimchuk, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou sobre as novas "provas" da alegada interferência russa nas eleições norte-americanas.

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"Todos os dias há novas provas sobre a 'interferência' da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. Contudo, até mesmo os EUA não precisam de prova alguma, pois na primeira vez em que foram apresentadas, os próprios Estados Unidos declararam que são endereçadas contra a Rússia. Quanto aos milhões de contas nas redes sociais, há uma coisa interessante: a Rússia vem pedindo para que essas contas não sejam anônimas e despersonalizadas há muito tempo. Mas o Ocidente e movimentos liberais radicais na Rússia criticam essa posição das autoridades russas, são contra ela. E aí, aparece uma brecha. Se este assunto não fosse travado assim, contas anônimas teriam parado de existir ainda em 2016", afirmou Grigory Trofimchuk.

Este explicou quais são os motivos da campanha informacional contra a Rússia, que é desencadeada pelos EUA.

"Os EUA estão preparando terreno para que o próximo chefe da Casa Branca seja o presidente mais furioso em relação à Rússia. Justamente por isso há uma onda informacional sobre aliados do Kremlin que estão infiltrados no poder norte-americano com detenções reais. Mas a própria Rússia não precisa cair neste tipo de extremo nem endemoninhar coisas simples, tais como redes sociais Facebook, Twitter e assim por diante, que são controladas do Ocidente. É preciso tratar a nova onda de 'provas' tranquilamente."

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Anteriormente, a mídia norte-americana acusou a Rússia de apoiar o presidente dos EUA, Donald Trump, durante a campanha eleitoral através das redes sociais, mas não apresentaram prova alguma. As redes sociais, incluindo Facebook e Twitter, foram obrigadas a colaborar neste assunto com comitês do Senado e a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos no âmbito de uma investigação em curso quanto à alegada "interferência russa" nas eleições e sobre "complô de Trump com a Rússia".

O Kremlin, bem como a Casa Branca, desmentiu a existência de tal "complô". As próprias redes sociais afirmam sobre certa atividade suspeitosa foi registrada antes das eleições, mas não mencionam a Rússia neste sentido.

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