Especialista sobre massacre em Las Vegas: norte-americanos estão em constante perigo

© AFP 2023 / Mark RALSTONPolicial perto do lugar do tiroteio em Las Vegas, 1º de outubro
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Na casa do atirador e no quarto onde estava hospedado em Las Vegas foram encontradas mais de quarenta armas de fogo. O especialista em questões norte-americanas, Grigory Yarygin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, falou que os EUA precisam de mudanças conceituais nas relações de seus cidadãos com armas.

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Na casa de Stephen Paddock, homem de 64 anos que matou ao menos 58 pessoas e feriu mais de 500 em tiroteio em Las Vegas, foram encontradas mais de quarenta armas de fogo, afirmou o assistente do xerife do distrito.

"Encontramos 23 unidades de arma de fogo [no hotel] Mandalay Bay e mais 19 em sua casa em Mesquite [estado de Nevada]", afirmou o representante da polícia.

Até agora, a polícia considera Stephen Paddock de 64 anos o único suspeito e acredita que ele tenha agido sozinho. "Sabemos que na mídia e nas redes sociais há muitos rumores [quanto ao incidente], mas não possuímos informações que confirmariam rumores", acrescentou o agente federal.

Paddock começou a atirar na multidão que estava em um festival de música country, em Las Vegas, perto do hotel-cassino Mandalay Bay, onde estava hospedado. O atirador se posicionou no 32º andar do hotel. No momento escolhido por ele, dezenas de milhares de pessoas assistiam ao show em praça pública. Pelo número de vítimas, o incidente se tornou o tiroteio mais grave de toda a história dos EUA.

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Especialista em ciências políticas e professor da Universidade Estatal de São Petersburgo, Grigory Yarygin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que, até mesmo depois do massacre em Las Vegas, é muito difícil que algum político influente norte-americano conteste as regras para porte de armas de fogo por seus cidadãos.

"Tudo indica que a discussão quanto à posse e ao porte de armas de fogo será enrolada. Contudo, infelizmente, é muito provável que esta situação perca seu fôlego, pois a modificação destas normas trariam muitos riscos políticos. Seria até mais complicado do que mudar, por exemplo, o sistema de saúde pública. Nem [o presidente norte-americano, Donald] Trump nem congressistas, até mesmo democratas, não tomariam decisão perante as eleições [no congresso] de 2018 de exigir mudança das regras", acredita Grigory Yarygin.

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De acordo com ele, nas condições atuais, a própria legislação cria uma fonte do perigo para os cidadãos norte-americanos. 

"Os Estados Unidos precisam introduzir mudanças conceituais no que diz respeito a armas. A emenda existente na Constituição [a segunda emenda à Constituição dos EUA que garante aos cidadãos o direito de possuir armas de fogo] existe desde 1791. A realidade muda com o tempo e a legislação atual precisa ser adaptada às condições atuais. Os cidadãos dos EUA estão em constante estado de perigo. Anualmente, nos EUA dezenas de milhares de pessoas […] morrem devido a incidentes com o uso de armas de fogo […] Os norte-americanos são vítimas desde sistema e são incapazes de se libertar do estado institucional atual", concluiu Grigory Yarygin.

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