Falando sobre estes acontecimentos em um de seus clubes de golf, Trump afirmou que condena "a violência de todos os lados" sem indicar concretamente os agressores e autores desta violência, os grupos supremacistas brancos que incitaram os protestos de sábado.
"Condenamos nos termos mais duros esta demonstração de ódio, intolerância e violência de todas as origens e lados", escreveu o líder norte-americano em seu Twitter, repetindo a frase "de todos os lados".
Donald Trump, uma figura pouco popular e polarizadora nos Estados Unidos, recusou responder às questões de jornalistas se vai dizer explicitamente que a extrema-direita foi responsável pela violência e que o comportamento dos neonazistas que participaram da marcha em Charlottesville foi, no mínimo, ruim.
Os comentários do presidente norte-americano, assim como suas tentativas de não responder, foram recebidas com alegria pela mídia da extrema-direita e por aqueles que assumiram o papel de porta-vozes de neonazistas e supremacistas.
Trump "recusou até mencionar algo que tenha a ver conosco", afirmou um representante de um site neonazista nas redes sociais, acrescentando que "quando os jornalistas estavam gritando para ele sobre o nacionalismo branco, ele simplesmente saiu da sala".
Um ex-membro da Ku Klux Klan, que também participou da marcha antes que essa se tornou violenta, disse que o protesto tinha por objetivo cumprir as promessas da campanha eleitoral de Trump.
"Estamos determinados a reconquistar o controle de nosso país, vamos cumprir as promessas de Donald Trump, foi isso em que acreditamos, foi por isso que votamos a favor de Donald Trump, porque ele disse que vai nos devolver nosso país", disse o neonazista citado pelo portal Gizmodo.com.
Mais tarde, em resposta às críticas a Trump, a porta-voz da casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que o presidente norte-americano condenou todas as formas de violência, incluindo "os supremacistas brancos, KKK, neonazistas e todos os grupos extremistas".
Na noite de sábado (12), na cidade de Charlottesville houve confrontações entre neonazistas e seus oponentes que causaram uma morte e deixaram 34 pessoas feridas. Após o confronto, as autoridades do estado da Virgínia declararam o estado de emergência.
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