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Cientistas do Brasil integram projeto inovador da NASA (VÍDEO)

© Foto / Reprodução / YouTube NASA Marshall CenterSatélite CubeSat, projetado e construído por cientistas norte-americanos e brasileiros, poderá trazer novas descobertas que melhorarão desde o sinal de GPS de dispositivos móveis, até a produtividade do agronegócio
Satélite CubeSat, projetado e construído por cientistas norte-americanos e brasileiros, poderá trazer novas descobertas que melhorarão desde o sinal de GPS de dispositivos móveis, até a produtividade do agronegócio - Sputnik Brasil
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A NASA e uma equipe de pesquisadores espaciais brasileiros anunciaram uma missão conjunta para estudar fenômenos na atmosfera superior da Terra - uma região de partículas carregadas chamada ionosfera - capaz de perturbar as comunicações e sistemas de navegação no solo e, potencialmente, impactar satélites e exploradores humanos no espaço.

Os resultados da missão podem ajudar em várias áreas, incluindo em prol de melhores previsões climáticas.

De acordo com Jim Spann, cientista-chefe da Direção de Ciência e Tecnologia do Centro Marshall Space Flight da NASA de Huntsville, no estado americano do Alabama, dois fenômenos na ionosfera — bolhas de plasma equatorial e cintilação — impactaram os sistemas de comunicação por rádio, satélite e sistemas de posicionamento global (GPS) por décadas.

Chamada de Força de Pesquisa, Observação e Previsão de Cintilação (SPORT, na sigla em inglês), a missão observará essas estruturas peculiares para entender o que as causa, determinar como prever seu comportamento e avaliar maneiras de mitigar os seus efeitos.

Para isso, a equipe lançará um satélite compacto do tamanho de dois pães, cujo nome é CubeSat. A expectativa é que ele seja lançado em 2019, ficando na órbita terrestre a uma altura de 350 a 400 quilômetros. A fase operacional do satélite será de pelo menos um ano, segundo a NASA.

“As comunicações degradadas e os sinais GPS são conhecidos por estarem intimamente ligados a esses fenômenos”, explicou Spann.

Benefícios ao Brasil

Para os cientistas brasileiros envolvidos no trabalho com a NASA, as informações serão importantes em várias frentes.

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De acordo com Otavio Durão, gerente de projeto da equipe do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de São José dos Campos (SP), as respostas ionosféricas a um fenômeno espacial denominado Anomalia do Atlântico Sul ou Anomalia Magnética Sul-Americana — onde a radiação atinge as proximidades da Terra — afeta negativamente os movimentados aeroportos do Brasil.

“Nosso país está interessado em refinar o processamento do sinal GPS, tornando as decolagens e aterrissagens mais seguras e mais precisas”, afirmou. “Porque tantos vôos internacionais chegam e saem do Brasil, isso deve ser motivo de preocupação para todos os países”, emendou Durão.

Além disso, o agronegócio também está interessado nas descobertas do projeto.

“Nosso agronegócio está sempre tentando aumentar a produtividade das culturas. Uma maneira de conseguir isso é usando ferramentas automatizadas. Mas ser capaz de posicionar com precisão esses tratores automatizados e pulverizadores de campo, sem interrupção dos fenômenos solares, é crucial”, disse Luís Loures, gerente do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

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