Opinião: 'Os Estados Unidos não estão prontos para o diálogo direto com a Coreia do Norte'

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O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse nesta segunda-feira que um mediador precisava estabelecer um diálogo entre os Estados Unidos a Coreia do Norte, já que Washington está relutante em iniciar um diálogo direto.

"Mas agora os Estados Unidos não estão prontos para o diálogo direto [com a Coreia do Norte]. Ou estão teoricamente prontos, mas, como entendi, apresenta condições que estão além de todos os limites para a outra parte. Assim, a outra parte, aparentemente, conclui que essa pressão só pode ser interrompida ao se opor a um certo fator de força", disse Ryabkov à rádio Sputnik.

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Ele acrescentou que um mediador poderia ser necessário para estabelecer o diálogo entre Pyongyang e Washington.

"Na verdade, a questão é como encontrar o ponto em que os interesses e as capacidades de Pyongyang e Washington se juntam. Dado todos os contrastes entre as culturas políticas e as abordagens das situações que esses dois players têm, não funcionará sem a sua reciprocidade ou consentimento. A mediação é possível", disse Ryabkov.

Ele lembrou que houve exemplos positivos do diálogo norte-americano e norte-coreano em diferentes formatos, incluindo as conversas de seis vias entre a Rússia, a Coreia do Norte, os Estados Unidos, o Japão, a China e a Coreia do Sul nos anos 2000.

"Apresentamos certos mecanismos, que, de fato, preveem que a situação seja travada e a China faz o mesmo. O status quo deve ser garantido, pelo menos por um tempo e então podemos diminuí-lo lentamente. [Essa forma de negociação] é natural, foi inventada antes de nós e tem sido usada muitas vezes em diferentes situações de natureza diplomática. Mas, infelizmente, essa estratégia ainda não funciona", acrescentou Ryabkov.

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No sábado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução impondo sanções adicionais à economia de Pyongyang, na sequência de uma série de testes com mísseis balísticos intercontinentais recentes realizados na Coreia do Norte. O Conselho insiste que Pyongyang deve abandonar seu programa nuclear, o que representa uma ameaça para as nações vizinhas.

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